A Polícia Federal voltou às ruas na manhã dessa quinta-feira e cumpre desde as 6h da manhã busca, apreensão e prisão em diversos endereços de Campo Grande.
Um dos mandatos ocorre no apartamento de André Puccinelli (PMDB), e deve tratar de crime de lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lama Asfáltica, dez meses depois que os federais fizeram a primeira visita.
Um dos pontos mais polêmicos é que é que a Justiça Federal teria negado a prisão de Puccinelli, mas teria mandado colocar no ex-governador uma tornozeleira eletrônica.
Os policiais levaram de forma coercitiva o filho do ex-governador, André Puccinelli Júnior, advogado e professor universitário ele deve prestar informações sobre as suspeitas de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito.
Também foram visitadas as empresa HBR Medical e H2L Soluções para documentos, todas em Campo Grande. Mais de 250 policiais federais, servidores da CGU (Controladoria Geral da União) e servidores da Receita Federal.
Outros investigados são o ex-secretário-adjunto de Fazenda, André Cance, Mauro Cavalli, ex-chefe de licitação da Secretaria de Meio Ambiente, em Campo Grande, ainda quando André Puccinelli era prefeito da cidade, entre 1997 e 2004, além do empresário Mirched Jafar Júnior, proprietário da Gráfica Alvorada.
Suspeitas de crime de lavagem de dinheiro também implicariam os dois. Cavalli, que em 1997 declarou à Receita Federal ter remuneração anual de R$ 40 mil, seis anos depois, em 2003, já era dono de patrimônio estimado em R$ 10 milhões.
Durante as investigações, descobriu-se que Cavalli, então ‘servidor’ de Puccinelli, teria emprestado R$ 350 mil ao ‘ex-patrão’.
Já o então dono da gráfica Alvorada, Mirched, recebeu R$ 13 milhões no fim da gestão de Puccinelli, em dezembro de 2014, para pagar impressões de livros didáticos. Há suspeitas de que o empresário vencia licitações sem competir e devolvia parte do dinheiro ao ex-governador. O ex-adjunto da Fazenda seria quem fazia as mediações dos negócios. (Fonte Midiamax)