A falta de vergonha na cara de alguns chefes de autarquias de Mato Grosso do Sul não tem mais limite. O Blog do Nélio recebeu, nesta semana, uma denúncia sobre as armações ilimitadas de servidores que ocupam cargos de chefia na Fundação de Trabalho do Estado.
De acordo com as informações entregues ao Blog, a safadeza com o dinheiro do trabalhador já foi detectada e denunciada ao MPE (Ministério Público Estadual). Conforme foi levantado, os diretores da autarquia só estariam liberando empréstimos mediante à compra de produtos cosméticos da marca Hinode.
Para quem não sabe, a Hinode adotou no Brasil um sistema de marketing de rede, em 2012, aumentando seu faturamento em mais de 600% e entrando na disputa por uma fatia representativa do mercado da beleza. Esse sistema ganhou força em decorrência do desemprego decorrente da crise econômica, que provocou mudanças nas relações de trabalho do País, causando declínio do perfil do assalariado.
No caso da fabricante de produtos de beleza e cuidados pessoais Hinode, a retração da economia funcionou como trampolim e cada vez mais e mais pessoas estão comercializando para o grupo, que já tem mais 600 mil consultores em todo o Brasil.
A mudança do modelo de negócio foi fundamental para transformar a empresa familiar, fundada em 1988, na nova potência do mercado de vendas diretas, que vem disputando espaço com as tradicionais Avon e Natura. Até aí tudo bem, o problema é que os diretores da Fundação de Trabalho do Estado estão obrigando trabalhadores a comprarem os produtos para conseguiram empréstimos.
A denúncia foi entregue há seis meses ao MPE, que até agora não ofereceu nenhuma denúncia, mesmo tendo em mãos os nomes de dois diretores. E agora? Será que vai ficar por isso mesmo?
Logo após a denúncia aterrissar na mesa do promotor de Justiça, os “papa níqueis” da Funtrab interromperam a operação criminosa contra o trabalhador cessou, mas restou o estrago.
Algumas pessoas saíram de lá apenas com produtos para vender nas ruas, sem o recurso almejado.
Isso tem que ser bem investigado e punido, arrancando mais esse câncer que se instalou em uma fundação do Governo do Estado.
Independentemente do Ministério Público ou da Polícia Civil, o governador Reinaldo Azambuja e o presidente da Fundação do Trabalho, Ilton Acosta, têm a obrigação de investigar e punir administrativamente os envolvidos em mais essa vergonha com o dinheiro público.
O programa de Linha de Microcrédito MS Cidadão, do Governo do Estado, deve ser tratado com respeito.
Alô governador Reinaldo Azambuja, acorda!!!!