Brasileira com 41 mandados de prisão é braço financeiro do assalto milionário no Paraguai

assalto-paraguai-5Uma mulher aparece de forma surpreendente como uma das peças chaves no maior assalto da história do Paraguai, ocorrido no dia 24 do mês passado, quando foram levados da empresa Prosegur em Ciudad del Este,  a quantia superior a US$ 11 milhões de dólares.

radio-comunicadorA brasileira Marcela Antunes Fortuna, de 35 anos, foi presa pela Polícia Nacional do Paraguai, pode ser uma das gerentes financeiras do PCC, Primeiro Comando da Capital, uma facção brasileira que está aterrorizando a fronteira entre os dois países. A prisão foi feita no apartamento 1.308 no 13º andar do Edifício Panorama II, localizado na avenida Carlos Antonio López canto coronel Franco, no centro da cidade.

De acordo com a investigação paraguaia, Marcela pode ter conhecimentos de toda a dinâmica do crime, inclusive na questão que diz respeito ao financiamento da ação.

Marcela Antunes, que opera sob o pseudônimo de “R1” foi localizada na companhia de seu namorado Fernando Alves de Oliveira e  de seus pais. Ela tem 41 mandados de prisão e condenações no Brasil por liderar a facção “Sintonías das Gravatas”, que seria uma espécie de buffet dedicado a advogados de defesa jurídica e de gestão administrativa ou monetário junto aos membros do PCC. Ao mesmo tempo, ela ocuparia o terceiro lugar na ordem hierárquica na estrutura da organização, de acordo com a polícia paraguaia.

No lugar que eles foram presos foram recuperados documentos e celulares, a partir daí os investigadores tentam determinar as ligações da presa com os membros da gangue que atacou a Prosegur.

De acordo com as investigações, Marcela sabia do assalto à Prosegur e teria fornecido apoio logístico e financeiro para a equipe que realizou o roubo histórico.

Rádio comunicador

Um rádio comunicador foi encontrado no telhado da família Anisimoff que mora ao lado Prosegur em Ciudad del Este, que teria sido usado no assalto.

O dispositivo foi entrego ao Ministério Público depois que o telhado foi revirado. Agora a polícia busca novas pistas.

Para o vice-comandante da Polícia Nacional, Cryo Bartolomé Báez, a cooperação entre o Brasil e o Paraguai pode avançar nas investigações e na prisão de novos elementos.

Os interrogatórios feito com a integrante do PCC já desvendaram que a quadrilha tinha pelo menos 40 pessoas e agiram também com o apoio de paraguaios.

Um dos suspeitos de participar do mega-assalto era de Campinas.

O homem, de 36 anos, foi morto em um confronto com a Polícia Federal brasileira no dia 24 de abril, horas depois do assalto. O corpo dele foi sepultado em Campinas no fim de semana.

Investigações apontam indícios de que os envolvidos tenham ligação com os ataques às empresas de transporte de valores da região de Campinas nos últimos dois anos.

A polícia do Brasil  já recuperou uma parte importante do espólio, US $ 1.275.030, o que equivale a R$ 4,4 milhões, mais carros, armas e explosivos.