A guerra pelo controle do tráfico de drogas e de armas na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul entre as facções criminosas brasileiras PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho) fez, neste fim de semana, mais duas vítimas. As execuções fizeram com que o número de assassinatos por pistoleiros chegasse a 31 no período de 1º de janeiro até o dia 24 de março, sendo 11 execuções em janeiro, 9 em fevereiro e 11 em março.
A primeira execução foi de Luis Miguel Rocha Giménez, 19 anos, que foi morto a tiros de pistola calibre 9 mm na madrugada de domingo (24) por três assassinos que atiraram contra o carro da vítima, um Sauce Street, no Bairro Obrero, em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS). A morte foi minutos depois que a vítima deixou uma loja de bebidas no bairro, por volta das 4h50, sendo que os criminosos fugiram do local, mas já foram identificados e a Polícia está procurando por eles.
De acordo com o relatório policial, a vítima teria sido morta estaria bebendo com os assassinos. Os investigadores identificaram os supostos autores do crime como Fidel Lesmo, Regis e Alonso Daniel Giménez, que estavam circulando a bordo de um carro Toyota Vitz. Depois de ser baleado na Rua Molho, a vítima foi socorrida e transferida para o Hospital Regional da cidade. No entanto, quando chegou ao centro médico, os médicos confirmaram que ele já tinha morrido.
Outra morte
A outra execução foi por volta das 14 horas de domingo (24) na Rua dos Cedros, no Bairro São João, em Ponta Porã (MS), que faz fronteira com a cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero. A vítima foi identificada como Bruno Pereira de Souza, 34 anos, mais conhecido como “Fortaleza”, que é oriundo da cidade de Natal (RN).
Bruno foi morto quando chegava à residência da namorada a bordo de uma caminhonete da marca Toyota Hilux, placa QAM-6346, de Ponta Porã (MS), momento em que foi alcançado por pistoleiros que se encontravam a bordo de um veículo da cor branca. Eles efetuaram 24 disparos de pistola calibre 9 mm contra a vítima, que faleceu antes mesmo de receber atendimento médico.
Policiais Militares alertados sobre o caso chegaram ao local e, após constatar a veracidade do fato, isolaram a área e comunicaram o caso aos investigadores do SIG (Setor de Investigações Gerais) e agentes da Polícia Técnica que com o apoio do delegado Juliano Cortes, realizaram os trabalhos de praxe e encaminhou o corpo ao IML da cidade à espera dos familiares.
Não se descarta que a execução tenha relação com um ajuste de contas do crime organizado que atua nesta parte do estado na fronteira com o Paraguai, mas a Polícia não descarta nenhuma hipótese que será investigada pelo SIG da Polícia Civil de Ponta Porã.