Agora é oficial, a vice-prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, decidiu transformar a SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social de Campo Grande) em um verdadeiro reduto de nepotismo e fantasmas. O Blog do Nélio recebeu mais uma denúncia de irregularidade envolvendo o nome da vice-prefeita e pessoas ligadas à família dela ou próximas a ela e ao marido, o deputado estadual Lídio Lopes.
De acordo com cópia do Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande) encaminhada ao Blog do Nélio, a cunhada da vice-prefeita, Thelma Fernandes Mendes Nogueira Lopes, casada com o irmão do deputado estadual Lídio Lopes, Osvaldo Nogueira Lopes, foi nomeada chefe de assessoria de projetos da SAS, com o símbolo DCA-3, que na prática lhe rende um rendimento mensal de R$ 6.378,06, conforme consta no Portal da Transparência da Prefeitura de Campo Grande.
Além de Thelma Lopes ser cunhada da vice-prefeita, outro fato estranho é que no Diogrande o nome dela foi colocado apenas como “Thelma Fernandes Mendes”, que é o seu nome de solteira, para disfarçar o parentesco. Porém, no Portal de Transparência o nome dela foi grafado de forma completa, ou seja, de casado, que é “Thelma Fernandes Mendes Nogueira Lopes”, revelando o nepotismo e podendo ser considerado até um caso de estelionato.
Afinal, por que colocar duas grafias diferentes para o nome de uma mesma servidora?
O Blog do Nélio também descobriu que, apesar de o prefeito Marquito Trad ter colocada Maria Angélica Fontanari de Carvalho como titular da SAS, quem realmente manda na pasta é a senhora Thelma Fernandes Mendes Nogueira Lopes, cunhada do deputado estadual Lídio Lopes, que, por sinal, tem até um gabinete na SAS.
Maria Angélica Fontanari de Carvalho seria apenas uma “marionete” nas mãos da família Lopes, seja o parlamentar Lídio Lopes, seja a vice-prefeita Adriane Lopes. No entanto, isso já era claro, afinal, como uma escrivã de Polícia Civil lotada no Garras teria condições de comandar uma secretaria de assistência social?
Isso mesmo caro leitor, a titular da SAS, Maria Angélica Fontanari de Carvalho, além de formada em Direito, mestre em Educação e pós-graduada em Ciências Criminais e Gestão de Segurança, é escrivã de polícia concursada e lotada no Garras. Ou seja, toda a formação dela é voltada para a área de segurança pública e não para a de assistência social.
No entanto, para atender as “vontades” da família Lopes na pasta é o nome ideal. Afinal, para ser “marionete” nem precisava ter formação nenhuma, basta saber dizer “amém” e ler e escrever para assinar os contratos, não é mesmo?