O traficante de drogas brasileiro Hernandes Oliveira da Silva, mais conhecido como “Mike”, que agia na região de fronteira do Paraguai com o Brasil, mais precisamente nos Estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina, foi preso, na última sexta-feira (24), em Montevidéu, capital do Uruguai, depois que simulou a própria morte no Paraguai.
Procurado pela Interpol, Mike, que é natural do Estado do Pará, chegou a comprar uma cova com lápide, encomendar uma cerimônia de homenagens e despedidas, além de atestado de óbito, que chegou a ser publicado em jornal do Paraguai. Tudo para tirar do seu pé a Polícia Civil do Paraná, mas, a armação, que parecia ter dado certo, foi frustrada com prisão dele no Uruguai.
Além de tráfico internacional de drogas, ele era procurado por ser o mandante da execução do policial civil Samir Skandar em novembro do ano passado na cidade de Curitiba (PR). A delegada de Polícia Civil Thatiana Guzella revelou que Mike fez chegar às mãos das autoridades um atestado de óbito apontando que ele teria morrido de infarto por insuficiência respiratória no dia 22 de junho deste ano em Assunção, capital do Paraguai.
Porém, graças a uma ação da Interpol, em Montevidéu, Mike foi preso com mais de US$ 64 mil em espécie e 126 mil pesos uruguaios, que convertidos para a moeda brasileira totalizariam R$ 351,3 mil. De acordo com as investigações, ele já tinha sido preso em Santa Catarina no início deste ano, mas foi solto por conta de um erro judiciário, porém, como tinha mandado de prisão em aberto, passou a ser considerado foragido.
O traficante internacional de drogas é apontado como líder de uma organização criminosa envolvida com o tráfico de cocaína, que seria levada para países europeus. No dia 20 de julho, em São Paulo (SP), a PRF (Polícia Rodoviária Federal) já tinha prendido o comparsa de Mike, o croata Luka Maric, que também era procurado pela Interpol pelo crime de tráfico internacional de cocaína.