Na terra sem lei, vacinas anti-Covid tem proteção militar evitar roubos. Operação de guerra!

A vacinação contra a Covid-19 no Paraguai começou nesta terça-feira (23) e, para evitar possíveis roubos, os imunizantes estão sendo vigiados por militares fortemente armados. De acordo com o ministro da Saúde do Paraguai, Júlio Mazzoleni, a medida é necessária para evitar contratempos, pois, como todos já sabem, a quantidade de vacinas ainda é insuficiente para imunizar toda a população.

Além disso, o forte esquema de segurança também é para garantir que não haverá vacinação VIP com privilegiados pulando filas. O início da campanha de vacinação no Paraguai conta com apenas quatro mil doses da vacina Sputnik V, que chegaram ao país na última quinta-feira (17).

A imunização é direcionada, de acordo com o plano de vacinação nesta primeira etapa, aos profissionais de saúde que prestam serviços de primeira linha de atendimento aos pacientes com Covid-19, tanto em terapia quanto em enfermarias de emergência.

Se passaram 352 dias entre o primeiro caso de Covid-19 (confirmado em 7 de março de 2020) e a primeira pessoa oficialmente imunizada contra a doença, a enfermeira Myriam Arruá, vacinada pelo ministro da Saúde, Julio Mazzoleni, no Hospital Nacional de Itauguá.

Em Pedro Juan Caballero, cidade que faz fronteira com Ponta Porã (MS), as primeiras 70 doses chegaram na tarde de ontem. Os primeiros vacinados são profissionais de saúde que atuam na linha de frente no Hospital Regional da cidade. Médicos e enfermeiros serão os primeiros a receber a dose.

De acordo com o governo do Departamento de Amambay, o próximo lote de vacinas está previsto para março, destinado a pessoas de grupos de risco. País com pelo menos 7 milhões de habitantes e com sistema de saúde frágil se comparado ao SUS brasileiro, o Paraguai teve até agora 151.718 pessoas infectadas pelo vírus e 3.065 mortes em decorrência a Covid-19.