Enxugando gelo! Tráfico sofre duro golpe com operação do DOF que apreendeu arsenal na fronteira

O tráfico de drogas e armas sofreu um duro golpe neste fim de semana na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul. Uma operação do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) descobriu e apreendeu um arsenal do crime organizado enterrado em uma chácara no município de Ponta Porã (MS), que incluía fuzis, pistolas, escopetas, grande quantidade de munições, carregadores, granadas e até explosivos.

Além da apreensão das armas e munições, os policiais do DOF ainda encontraram uma SUV Toyota blindada com placa do Paraguai. Na ação policial, foram presos três criminosos, um de 25 anos, que seria morador de Campo Grande (MS), outro de 38 anos, proprietário do material apreendido e morador de Ponta Porã, e um de 29 anos, morador do Rio de Janeiro (RJ).

Os presos, o carro e o arsenal foram levados para a sede do DOF em Dourados e a principal suspeita é de que a carga pertença a uma das facções criminosas brasileiras que agem na fronteira com o Paraguai, mais provavelmente o CV (Comando Vermelho), já que entre os presos está um morador do Rio.

O DOF também não descarta também o envolvimento do “Novo Cangaço”, ou seja, quadrilhas que agem em vários Estados, assaltando carros-fortes e agências bancárias, como faziam os “cangaceiros” no século passado na Região Nordeste.

No início de dezembro de 2019, cinco integrantes do Bonde do Maluco, entre eles o principal líder da quadrilha, José Francisco Lumes, o “Zé de Lessa”, o bandido mais procurado da Bahia, tentaram assaltar um carro-forte entre Caarapó e Amambai. Eles não conseguiram levar o dinheiro e foram mortos um dia depois, em confronto com a polícia.

A Polícia suspeita que a quadrilha planejasse outro assalto na fronteira após a frustração de dezembro passado. Além do armamento de guerra e dos explosivos, outro detalhe que chama atenção é a SUV Toyota blindada com placa do Paraguai, apreendida com os três homens presos.

Além da blindagem normal, a caminhonete tinha uma segunda proteção na parte traseira, com capacidade para suportar até tiro de calibre 30. É como se o veículo tivesse sido preparado para levar muitos tiros na parte traseira, durante uma perseguição. Entre os materiais apreendidos também havia uma máscara de palhaço.