Em novo depoimento, Name diz que ex-capitão PM, que teve filho morto, não valia uma bala. Vai vendo!

Em depoimento cercado de temor por parte da defesa, que tinha receio de o cliente falar mais alguma coisa que comprometesse ainda mais sua situação perante à Justiça, o empresário campo-grandense Jamil Name, 83 anos, que está preso desde o dia 27 de setembro do ano passado sob acusação de comandar uma milícia responsável por inúmeras execuções em Campo Grande (MS), voltou a demonstrar a falta de apresso pela vida alheia.

Ouvido por mais de uma hora e meia por meio de videoconferência, já que está preso no Presídio Federal de Mossoró (RN), ele negou com veemência ter sido o mandante da tentativa de execução do ex-capitão PM Paulo Roberto Teixeira Xavier, que, na ação dos pistoleiros contratados para matá-lo, acabou perdendo, por engano, o filho, o acadêmico de Direito Matheus Coutinho Xavier. “Não vale uma bala”, disse Jamil Name referindo-se ao ex-PM.

“O cara que for gastar uma bala com ele, é uma bala mal gasta”, acrescentou o empresário ao ser questionado pelo juiz Aluízio Pereira do Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, se ordenou o ex-guarda municipal Marcelo Rios e o policial civil Vladenilson Daniel Olmedo, ambos, segundo a investigação, membros da milícia armada mantida pela família, contratarem pistoleiros para matar Paulo Roberto Xavier.

Além do juiz, também participaram da videoconferência o promotor de Justiça Douglas Oldegardo dos Santos e o advogado de defesa Tiago Bunning. Jamil Name também foi questionado se o filho, Jamil Name Filho, mais conhecido como “Jamilzinho”, teve algum desacerto com Paulo Roberto Xavier a ponto de querer matá-lo. “O Jamilzinho jamais faria um negócio desse, matar um cara nulo. Não tem sentido matar ele, matar ele por quê? Ele é igual a nada”, reafirmou o empresário.

Ainda no depoimento, a Promotoria colocou que o ex-capitão PM entrou na lista de pessoas marcadas para morrer pelos Name por ter sido considerado traidor ao prestar serviço ao advogado Antônio Augusto Souza Coelho, radicado em São Paulo, com quem a família teve negócios envolvendo terras com valores milionários. “Ele nunca foi meu funcionário”, garantiu Jamil Name sem explicar como o conhece a ponto de considerá-lo uma pessoa de caráter duvidoso.

O empresário disse que ainda ter bom relacionamento com o “Dr. Augusto” e, portanto, não teria qualquer motivo para querer a morte do ex-PM. “Se for falar que vai matar um cara que é um concorrente forte, um cara que te ofendeu, te bateu, mas ele é nada”, falou hipoteticamente, completando que Paulo Roberto Xavier teria feito acusações contra ele porque “é louco” e por precisar “estar bem com a Polícia” para não ser expulso. “Ele tem um problema, ele é meio louco. Ele bota uma coisa na cabeça e começa a achar que é verdade. É um debiloide”, afirmou.

No fim do depoimento, Jamil Name também negou conhecer os pistoleiros foragidos Juanil Miranda dos Santos e José Moreira Freires, acusados de executar, por engano, o filho do ex-capitão PM. Questionado sobre Eurico dos Santos Mota, que conforme a investigação foi o responsável por encontrar maneira de rastrear o celular de Paulo Roberto Xavier, ele reforçou disse também nunca ter ouvido falar. Com informações do site Campo Grande News