Com risco de tentativa de resgate, “Gringo” é transferido da fronteira para a capital do Paraguai

Sob forte esquema de segurança montado pela Polícia Nacional do Paraguai, com uso de veículos blindados, o narcotraficante paraguaio Clemencio Gonzales Gimenes, mais conhecido como “Gringo”, foi transferido no sábado (23) de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), para a capital do país vizinho Assunção (PY).

Ele é apontado como um dos traficantes mais procurados do Paraguai e foi preso na sexta-feira (22) em Pedro Juan Caballero. Após a prisão, o criminoso foi transferido para a sede do Grupo Especializado, em Assunção, capital do Paraguai. A transferência ocorre por risco de resgate ou de execução por rivais.

Desde a prisão toda a região do Departamento de Investigações de Pedro Juan Caballero foi cercada e vigiada. Agentes usavam metralhadoras .50 para repelirem qualquer tentativa de resgate do criminoso, de alta periculosidade. No sábado, o comboio com dezenas de carros deixou o Departamento em direção ao aeroporto de Pedro Juan Caballero.

O “Gringo” foi colocado em um veículo blindado e levado até a pista de pouso, onde embarcou rumo a Assunção. Ele seria uma das lideranças do tráfico na fronteira com Mato Grosso do Sul e foi preso em um condomínio. Ele ainda tentou fugir, mas acabou se entregando. Conforme o comissário Gilberto Fleitas, da Polícia Nacional, Gringo estava foragido há mais de 6 anos e é acusado de homicídios contra policiais, desafetos e concorrentes.

A ele é atribuída a morte de Amado Felício Martinez, em 2004, após este ter se envolvido em um acidente que matou o irmão de Gringo. Como vingança, ele foi raptado e executado. Clemencio Gonzales também seria responsável pelo roubo de 260 quilos de cocaína apreendidos na sede da Polícia Nacional em Pedro Juan.

No dia, a droga foi levada em carros particulares e, no local, os criminosos deixaram sacos de farinha. Vários policiais que teriam contribuído com o crime acabaram presos.