Vídeo amador mostra trabalho de traficantes de maconha na fronteira que debocham dos EUA

Um vídeo caseiro está circulando pelas mídias sociais mostrando como trabalha um grupo de homens na embalagem de maconha em área de plantio da droga na cidade de Pedro Juan Caballero, na fronteira do Paraguai com Ponta Porã (MS).

Em um rancho precário com mobiliário rudimentar, os homens empacotam vários tijolos de maconha, conforme pode ser vido no vídeo gravado por um produtor de maconha de seu esconderijo, que, apesar de filmar o trabalho, tomou precauções para não revelar muitos detalhes ou mostrar a face de qualquer um dos seus pares.

O material começou a correr nas redes sociais e dá uma ideia de como trabalham os produtores de maconha, especificamente, no processo de prensagem e embalagem da droga até montar os “tijolos”, uma das principais unidades de medida a substância quando comercializado.

A cidade de Capitán Bado é a principal área de produção de maconha no Departamento de Amambay, seguido por colônias vizinhas à capital departamental, Pedro Juan Caballero. Uma vez colhida, a maconha é cortada e transformado em tijolos, como visto no vídeo amador.

Os tijolos são feitos de acordo com o pedido do cliente, ou seja, o tamanho de cada unidade se adapte às necessidades da transferência, mais fina, mais compactos ou mais longos, para esconder melhor.

De acordo com estimativas, para cada dez caminhões que trazem maconha para o Brasil, apenas três são detectados. Ou seja, 70% deles atravessam a fronteira e têm muitas mais possibilidades para chegar ao seu destino. Um negócio altamente rentável pela vulnerabilidade – ou a cumplicidade – dos controles nas fronteiras.

Em áreas de fazendas, cada quilo de maconha pressionado vendido por até 50 mil guaranis (moeda paraguaia) e seu preço vai aumentando à medida que passa pelas cidades brasileiras. Você pode triplicar o seu valor no Rio de Janeiro ou São Paulo, cidades onde a maconha mais paraguaia é consumida.

A maconha produzida no Paraguai é uma das mais desejadas na região e o favorito no Brasil e Argentina porque tem mais tetrahidrocanabinol – componente psicoativo da cannabis – que os produzidos em outras terras.

Segundo a pesquisa, em Buenos Aires, Argentina, é comercializado na forma de cigarros – puchos – batizado com o nome “Pedro Juan” por sua fama e tem um preço de duplas outros cigarros de maconha comuns.