Presa ontem (18) por porte de 6 gramas de maconha, papel de seda e dichavador, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão da “Operação Dirty Pix”, a vice-prefeita de Sidrolândia, Cristina dos Santos Fiuza (MDB), disse à Polícia Civil que a droga pertenceria a um amigo.
A maconha e os utensílios usados para o consumo da droga foram encontrados no guarda-roupa do quarto dela, mesmo assim, a vice-prefeita explicou que guardava o entorpecente na própria residência para que o amigo pudesse consumi-lo guando a visitava.
Após ser ouvida pelos policiais civis, Cristina Fiuza foi liberada ainda na manhã de ontem em decorrência da pequena quantidade de droga apreendida na residência dela. A Lei Federal nº 11.343/2006 prevê que a pessoa presa com pequena quantidade de drogas tem de ser conduzida para registro da ocorrência e assinatura de termo circunstanciado, sendo liberada posteriormente, dependendo da avaliação do delegado.
A Operação Dirty Pix, desencadeada em Sidrolândia (MS), apura transferências feitas diretamente ou por intermédio de terceiros ao presidente do Hospital Beneficente Dona Elmiria Silvério Barbosa, Jacob Breure, e a vereadores da cidade. A investigação do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) identificou desvios da ordem de R$ 5,4 milhões em recursos públicos destinados ao hospital.
Cristina Fiuza foi vereadora da cidade de 2021 a 2024, período que coincide com o que é investigado. Na Prefeitura Municipal, o clima foi de surpresa e o prefeito Rodrigo Basso (PL) cancelou a agenda do dia para se inteirar do que é investigado na operação e tomar decisões.
Em nota, a Prefeitura de Sidrolândia informou que a operação “investiga fatos ocorridos em 2022, período em que a administração municipal e a composição da Câmara Municipal eram outras”. “A gestão esclarece que algumas notificações foram direcionadas a pessoas que hoje integram o Executivo, exclusivamente por atos vinculados ao exercício do mandato parlamentar naquele ano. Não há, até o momento, qualquer medida relacionada às suas funções atuais na prefeitura”, completou.
A administração municipal, contudo, ainda não tomou providências práticas. “O Executivo acompanha o caso com responsabilidade e aguarda o avanço das investigações para adotar eventuais providências, sempre respeitando o devido processo legal. Reafirmamos nosso compromisso com a transparência, a integridade e a condução ética da gestão pública e mantemos os canais oficiais da prefeitura abertos para prestar esclarecimentos aos moradores de Sidrolândia”, finalizou o texto oficial publicado pelo site Campo Grande News.

