Um mundo cão! Avô e neto são executados nas Moreninhas e família acredita que foi por engano

Na noite do último sábado (24), o policial militar aposentado Nelson Carvalho Vieira, 69 anos, e o neto dele, Denner Vieira Vasconcelos, 21 anos, foram executados a tiros quando estavam em casa, localizada na Rua Anacá, Bairro Vila Moreninha II, em Campo Grande (MS), e os familiares acreditam que eles foram assassinados por engano.

“Tenho certeza que foi por engano. O Denner era uma pessoa super querida, não tinha problema com ninguém, todo mundo gostava dele”, afirmou emocionada Alessandra Freitas, mãe do rapaz e filha do PM aposentado.

Avô e neto estavam na varanda de casa, onde também funciona um lava-jato, quando foram surpreendidos pelos pistoleiros. Conforme testemunhas, os criminosos estavam em uma motocicleta Honda Biz, de cor branca.

O passageiro desceu e efetuou dezenas de disparos, sendo que uma câmera de segurança flagrou o momento em que os pistoleiros passaram de motocicleta na rua. A Polícia Militar encontrou as vítimas já sem vida, com muito sangue ao redor.

Nelson Vieira foi atingido por um disparo, enquanto Denner Vieira apresentava ao menos 14 perfurações. O óbito foi atestado pelo Corpo de Bombeiros e a perícia recolheu cerca de 50 cápsulas deflagradas no local.

De acordo com familiares, o PM aposentado morreu porque entrou na frente do neto durante o ataque, enquanto o cachorro da família, um labrador, também tentou proteger Denner Vieira, mas acabou baleado.

O animal foi socorrido e levado ao hospital veterinário, onde permanece internado. A aposentada Regina Freitas, 62 anos, esposa de Nelson Vieira e avó de Denner Vieira, estava dentro do quarto, assistindo televisão, quando ouviu os tiros.

“Quando saí, vi os dois no chão, ensanguentados. O Denner não tinha problema com ninguém, nem ele nem meu marido. A Moreninha inteira gostava deles”, relatou, chorando.

Conforme testemunhas, um dos atiradores vestia casaco branco do Flamengo e o outro usava capacete branco. A família reforça que Denner Vieira e Nelson Vieira não tinham envolvimento com atividades criminosas.

O jovem era portador de diabetes, já havia sofrido cinco AVCs e, segundo a mãe, “dava muito valor à vida” e era “o filho mais carinhoso”. “Ele nos ensinou o que era vida, vivia todo o dia como se fosse o último dia. Não tinha briga com ninguém”, destacou o irmão, Davyd Freitas, de 19 anos.

O caso foi registrado como homicídio qualificado e segue sob investigação da Polícia Civil. Por enquanto, não há informações sobre a identificação dos suspeitos, tampouco sobre a motivação para o crime. Com informações do site Campo Grande News