Mais uma vez a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul dá demonstração de fraqueza e de um local para acertos políticos em detrimento aos constribuinte.
A pizza ou quibe “fantasma” faz parte do jogo de cena protagonizado prefeito eleito e deputado estadual Marquinhos Trad de exigir a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a si mesmo e demais fantasmas da Casa de Lei foi sepultada pelo presidente Junior Mochi.
Ele comunicou que vai mesmo “enterrar” a CPI Caça-Fantasma e a justificativa, pasmem, é porque ela tem seus vícios, não tem fato determinado e lapso temporal.
Ou seja, estão rindo da cara dos eleitores. E você acreditou que Marquinhos iria mesmo seguir com essa CPI?
Seria cômico, se não fosse trágico, mas, o que esperar da atua legislatura, que é composta por parlamentares que ensinam como fraudar folhas de ponto e outros que desrespeitam a Constituição ao assumirem a diretoria de canal de televisão.
Porém, voltando à CPI Caça-Fantasma, que não passou de jogo de cena para que o prefeito eleito mascarasse junto aos eleitores de Campo Grande o fato de ser um fantasma na Assembleia Legislativa desde a década de 1980, a missão de caçar fantasmas ficou com o Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc), que tem o promotor de Justiça Marcos Alex Vera de Oliveira no comando dos trabalhos.
No entanto, o respeitado órgão instaurou procedimento para investigar o fato delimitando prazo temporal de cinco anos, ou seja, o prefeito eleito está fora dessa investigação. O inquérito civil que está em andamento é para apurar eventual fraude ou ausência de sistema de controle de frequência dos servidores da Casa de Leis, em dissonância aos princípios da legalidade, moralidade e eficiência, e aferir eventual ilegalidade no ato da mesa diretora que permite a contratação de comissionados lotados no interior sob responsabilidade do deputado estadual.
O procedimento foi aberto a pedido do procurador-geral de Justiça Paulo Passos no dia 21 de dezembro. A ideia é deixar a responsabilidade da investigação apenas a um dos poderes. O processo está aberto para consulta no sistema do MPE e aguarda a resposta da AL em relação às informações solicitadas por Paulo Passos.
A Casa terá de encaminhar a relação dos servidores efetivos lotados em cada um dos gabinetes dos 24 parlamentares, bem como os que trabalham na presidência, primeira e segunda secretaria, e comissões especiais. A Procuradoria-Geral de Justiça foi muito específica em seu pedido. Quer a lotação, função ou cargo exercido, data de nomeação e da efetivação, remuneração e ficha individual de frequência de todos os servidores efetivos e comissionados dos últimos cinco anos. Todo o material será confrontado com a relação nominal de servidores públicos lotados na Assembleia, extraída dos dados do Portal de Transparência da AL. Com infos do CorreioNews