Tá todo mundo junto! Afinal, foi golpe ou não Bernal? Agora você também é da quadrilha?

bernal-marquinhosEssa do atual prefeito da Capital, derrotado nas urnas em dois de Outubro, Alcides Bernal (PP), não dá pra entender. Ou dá? Digamos, olhando bem a fundo daria sim para arriscar um palpite.

Mas que ficou esdrúxulo, ficou.

Na tarde desse sábado, 08/10, ele anunciou o apoio à candidatura de Marquinhos Trad (PSD), justamente irmão do Nelsinho Trad, que por sua vez é amigo do ex-governador, André Puccinelli, padrinho político de Edson Giroto, que por sua vez tinha negócios com empreiteiro João Amorim, e por aí vai. Todos os últimos quatro já denunciados na Operação Coffee Break, aquela que o Bernal disse ter sido um golpe para tirá-lo da Prefeitura.

Aliás, essa turma também está sendo investigada pela Polícia Federal na Operação Lama Asfáltica que pode ter devido R$ 2 bilhões de reais dos cofres público em obras fraudulentas.

É, política de nível duvidoso é igual nuvens no céu, uma hora tá de um jeito, minutos depois está de outro.

Bernal alardeou, esperneou, procurou a imprensa local e nacional para dizer que teve seu cargo surrupiado por uma “quadrilha que acabou com Campo Grande” e agora se une a Marquinhos Trad.

Qual o verdadeiro motivo?
Seria uma forma de obter apoio para futuras pretensões políticas, o famigerado jogo do “toma lá dá cá”?

Pode ser, mas vai ficar difícil explicar a sua presença no palanque de seu adversário, ao lado de Nelsinho, Puccinelli entre outros que ele mesmo tanto repudiou desde que foi cassado em março de 2014.

Explicar, por exemplo, que quando foi eleito em 2012 e disputou o segundo turno contra Edson Girotto, o voto da população foi justamente porque não aguentavam mais o modelo de gestão truculenta e suspeita da quadrilha ora investigada.

Agora, o senhor apoia um moço que foi fantasma da Assembleia Legislativa, entrou lá pelas mãos do próprio pai, usufruindo por anos de cargos, tanto na Câmara como na AL, sendo pago com o dinheiro público.

Outra coisa, ele devia quase R$ 100 mil de IPTU.

O senhor vai abonar essa dívida?

Ora nobre prefeito de Campo Grande.
Seu slogan foi “o importante são as pessoas”, mas parece que desta vez o senhor só olhou para o próprio umbigo.

O mais decente não seria ficar neutro?
Seria.

Olhando pelo prisma de quem é eleitor, o senhor chutou a bunda de muitos deles e deu tchau com o vidro do carro fechado.

Aguardemos.