Passados seis meses do fim da vida de luxo que tinha em celas VIPs construídas no Presídio de Tacumbú, no Paraguai, o narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão solicitou autorização judicial para ser internado em uma clínica de Assunção, capital do Paraguai, por 12 dias. Ele pediu o parecer de uma junta médica para confirmar a necessidade da internação para efetuar o tratamento de saúde.
O juiz Lourdes Scura solicitou o ponto de vista da acusação antes de decidir pela autorização ou não do pedido de internação de Pavão em uma clínica de Assunção por 12 dias. Ele cumpre pena no Paraguai por lavagem de dinheiro, enquanto no Brasil foi condenado por tráfico de drogas.
A defesa de Pavão contratou um junta médica formada pelos profissionais Aurelio Espinola Caballero, Jose Nicolas Lezcano e Juan Carlos Martinez mais um neurologista e legista do Judiciário do Paraguai para comprovar a necessidade da internação do cliente.
Os médicos informaram à Justiça que Pavão sofre de isquemia cerebral e apnéia do sono e tem cada vez mais crises constantes e agudas “devido à falta de tratamento e agravando o lugar de clausura sem aeração, onde ele está sendo mantido.”
O conselho argumenta a necessidade de testes, tais como Scam Pet, estudo Genoma Humano e quantificação de DNA para determinar complicações futuras, além de tratamento de terapia de oxigenação do sangue, incluindo a área neurológica, bem como oftalmologista, nutricionista e otorrino
“Tudo isto está na extrema necessidade de começar imediatamente por causa de quão detalhada deve ser conhecido que o senhor Jarvis Chimenes Pavão tem uma doença que é a principal causa de morte súbita e risco de acidente vascular cerebral (AVC), se não for tratada como ambiente constante e adequada em termos de apoio profissional 24 horas”, advertem os médicos.
A junta médica conclui seu relatório com uma observação incomum, que afirma que a responsabilidade demarcar para “qualquer acidente trágico que pode acontecer devido à falta de tratamento adequado e ininterrupto (…).” A clínica Centro Vero foi oferecido pela defesa para a admissão.
No fim de 2009, Pavão entrou no Presídio de Tacumbú, onde permaneceu até julho de 2016, quando foi descoberta a vida de luxo em que estava tendo em meio a miséria da prisão mais populosa do Paraguai. Após o flagrante da existência de celas VIPs no Presídio, ele foi transferido para o Grupo Especializado da Polícia Nacional do Paraguai, em Assunção.