As convenções partidárias realizadas neste sábado (04), em Campo Grande (MS), confirmaram as candidaturas ao Governo do Estado do atual governador Reinaldo Azambuja (PSDB), do juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PDT) e da senadora Simone Tebet (MDB), tendo como vices, respectivamente, o ex-prefeito Murilo Zauith (DEM), o bispo Marcos Vitor (PRB), o procurador de Justiça aposentado Sérgio Harfouche (PSC).
Além disso, também foram definidos os nomes dos candidatos ao Senado, tendo como principais Nelsinho Trad (PTB), Marcelo Miglioli (PSDB), Waldemir Moka (MDB) e Pedro Chaves (PRB) – o nome de Zeca do PT foi declarado inelegível pela Justiça, mas ainda cabe recurso e, portanto, a candidatura dele ainda está indefinida.
Agora, na prática, a sorte está lançada e os eleitores sul-mato-grossenses já sabem em quem poderão votar a governador, senadores, deputados federais e deputados estaduais. As campanhas serão colocadas nas ruas e pleito começa para valer, vencendo quem tiver mais bala na agulha para conquistar a preferência do eleitorado.
Pelos discursos dos principais candidatos, a disputa será grande, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) aposta na vida limpa e no legado da sua gestão para buscar a reeleição. “Eu tenho a obrigação de defender o nosso legado. São 20 anos de vida pública. Uma vida limpa, sem condenações e com investigações arquivadas”, declarou, completando que o “Estado foi o segundo em geração de emprego, o terceiro mais seguro e o primeiro em investimento em infraestrutura e saneamento”.
Já a candidata Simone Tebet (MDB) foi às lágrimas ao comentar a situação de Puccinelli na cela especial do Centro de Triagem. “Um homem que serviu esse Estado e nem era réu foi preso apenas porque teve coragem de dizer que era candidato ao governo. Ele estava de chinelo no pé, como qualquer outro trabalhador, com mais de 20 homens na cela. Está recebendo, no fim de semana, carne para fritar e deixa na gordura porque não tem geladeira. É essa a situação do nosso eterno governador. Aceitei por ele, por nós e por Mato Grosso do Sul”, declarou.
Diferentemente de Reinaldo e Simone, o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira fez sua convenção no dia 21 de julho e, na oportunidade, destacou que o ato foi apenas “para oficializar” as candidaturas. “A realização da convenção logo no início do prazo serviu para afastar os boatos de que eu não seria candidato ou iria disputar outro cargo”, emendou, ressaltando que veio para Mato Grosso do Sul fugindo da seca no Nordeste e agora precisa retribuir o Estado que lhe acolheu.
Outros nomes
Além de Reinaldo, Odilon e Simone, a disputa pelo Governo do Estado ainda tem os candidatos do PV e do PT, sendo eles o engenheiro Marcelo Bluma (PV) e Humberto Amaducci (PT). Em seu discurso, o ex-vereador de Campo Grande pelo PV prometeu uma auditoria, se eleito, em todos os contratos de concessão de benefícios fiscais do governo estadual dos últimos 15 anos.
“Somo um movimento por mudança, não só de três partidos, mas com vontade de unir pessoas que entendam que a realidade de Mato Grosso do Sul não é boa. As denúncias de corrupção tomaram conta da política de MS, a política regional você acompanha nas páginas policiais”, disparou Bluma, cuja vice será a professora Ana Maria Bernardelli (REDE), com Mário Fonseca, do PCdoB, como candidato ao Senado.
Pelo PT, Humberto Amaducci espera governar Mato Grosso do Sul, tendo como vice Luciene Maria da Silva. “Meu plano de governo foca na distribuição de recursos entre os setores: É democratizar o orçamento do Estado. Nós temos uma experiência de quatro mandatos na cidade de Mundo Novo, onde trabalhamos muito com orçamento participativo, com a participação popular. Nós precisamos chamar a sociedade sul-mato-grossense para o âmbito do debate, precisamos dialogar para que o recurso do estado chegue a todos os segmentos. (…) Democratizar o orçamentos com certeza é um desafio para todos nós”, disse.