Termina hoje o prazo do Procurador Geral de Justiça de MS, Humberto Brites, para denunciar ou não à Justiça os envolvidos na investigação do Gaeco denominada Coffee Break. A denúncia foi enviada ao gabinete central no último dia 14 de março e de acordo com o Código de Processo Penal, no artigo 46, ele teria 15 dias para fazê-la.
O Gaeco investigou se houve esquema de corrupção envolvendo políticos no processo de cassação do prefeito Alcides Bernal, de Campo Grande, em 2014 e que voltou ao cargo por força de uma liminar.
Em nota nesse mês o PGJ e seus assessores afirmaram que os trabalhos seriam concluídos “com a maior brevidade possível”. Resta saber se a minuta da denúncia foi mesmo feita pelo Procurador Geral, uma vez que ele deixa o cargo mês que vem (eleição no MP será dia primeiro de abril) e até agora não deu mostras que será ele o responsável pela denúncia. Caso não faça no prazo pode incorrer em falta funcional.
Além do ex-prefeito Gilmar Olarte e vereadores, o Gaeco também pede o indiciamento de empresários, um deles da comunicação. Eles teriam recebido dinheiro e não conseguiram comprovar a origem.
No final das investigações foram anexadas na investigação dados bancários que demonstram crime de lavagem de dinheiro.
A Operação foi chamada de Coffee Break, porque nas escutas telefônicas feitas com autorização da justiça, a referência ao pagamento de propina era “cafezinho”. Esses pagamentos eram feitos a vereadores e outras pessoas envolvidos no esquema e a denúncia agora está parada na mesa do procurador desde o dia 14 de março quando o Gaeco entregou o procedimento.
A denúncia pode seguir ao Judiciário de forma total ou parcial. Ou simplesmente ser arquivada.