O policial federal Everaldo Monteiro de Assis, que foi preso no dia 27 de setembro de 2019 durante a Operação Omertà, conseguiu na Justiça a estipulação de fiança para ser colocado em liberdade e ainda obteve redução do valor a ser pago. Decisão do juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, derrubou pela metade o valor da fiança, que tinha sido estipulada em R$ 22 mil e agora caiu para R$ 11 mil.
Preso em cela da 3ª DP (Delegacia de Polícia Civil) em Campo Grande, ele teve a prisão substituída por medidas cautelares. Além disso, a defesa ainda busca isenção total da fiança e espera que, no fim do processo, seja absolvido das acusações de envolvimento com a organização criminosa comandada pelo também já preso Jamil Name e o filho Jamil Name Filho.
Por ora, para ter a liberdade sob fiança, Everaldo terá que usar tornozeleira eletrônica por seis meses, não manter contato com acusados e testemunhas das ações penais e fazer recolhimento domiciliar de 24 horas aos finais de semana. O policial federal foi alvo de duas fases da operação liderada por Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros) e Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado).
Na primeira, em setembro de 2019, foi denunciado por formação quadrilha. A investigação aponta o Jamil Name e Jamil Name Filho como líderes da organização. Neste processo, conseguiu liberdade provisória em 27 de outubro de 2020. No entanto, continuava preso pela preventiva decretada na terceira etapa da Omertà, deflagrada em junho de 2020. Everaldo é acusado de montar estrutura paralela para proteger organização criminosa de Fahd Jamil, mais conhecido como “Rei da Fronteira” entre Mato Grosso do Sul e o Paraguai.
De acordo com o Gaeco, o agente abastecia o grupo com dados sigilosos e também direcionava investigações para minar concorrentes. Everaldo também foi denunciado pelo homicídio de Marcel Costa Hernandes Colombo, de 31 anos, conhecido como ‘Playboy da Mansão’, mas não houve decretação de prisão preventiva. Com informações do site Campo Grande News