Sem parquímetros há 3 anos, falta de interesse de empresas trava licitação na Capital

O presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Papy (PSDB), revelou ontem (29) que a falta de interesse de empresas está travando a licitação para o retorno do serviço de parquímetros nas ruas do centro da cidade, que estão sem a cobrança há três anos.

A lei que autoriza a concessão já foi sancionada, mas o processo de licitação não avançou e uma das hipóteses para o desinteresse das empresas seria o prazo de concessão obrigatório de 12 anos, quando normalmente são 30 anos.

“Me falaram que talvez não teve interesse de algumas empresas e que eles iam reformular essa lei para criar alguns itens que possam atrair o mercado privado”, comentou Papy.

O vereador relembrou que um projeto já foi aprovado, mas que, até o momento, não houve movimentação por parte da Prefeitura. “Ela [a prefeita] já tem a autorização da Câmara pra licitar. Tá na mão dela 100%”, afirmou o parlamentar, lembrando que a autorização foi aprovada há cerca de 10 meses.

Ele pontuou que o tempo de exploração previsto pode ser um dos empecilhos. “Eram apenas 12 anos de exploração. E aí, pro investimento que se faz, às vezes é pouco pra você ter o retorno. As concessões normalmente são de 20 anos, 30 anos, e aí talvez tenha que rediscutir isso daí. Por isso, talvez, não tenham conseguido fazer a licitação”, disse.

A última empresa a operar os parquímetros na cidade foi a Metropark Administradora Ltda. (Flexpark), cujo contrato teve início em março de 2002 e foi encerrado em março de 2022. A empresa administrava cerca de 2.458 vagas rotativas em ruas do quadrilátero formado pelas avenidas Fernando Corrêa da Costa, Mato Grosso, Calógeras e Padre João Crippa.

Em abril do ano passado, a prefeita Adriane Lopes (PP) sancionou a lei que autoriza nova concessão do serviço à iniciativa privada. O texto previa a instalação de até 6,2 mil parquímetros, com possibilidade de expansão a bairros onde houver concordância de moradores e comerciantes. O contrato poderá ter duração de 12 anos, com prorrogação por igual período.

Entretanto, em abril deste ano, a prefeitura havia compartilhado que um novo projeto para a implantação de parquímetros estava em ajustes com a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e que, até o final daquele mês, seria encaminhado à Câmara Municipal. No entanto, até o momento, não houve uma nova movimentação.

Enquanto isso, comerciantes seguem pressionando pelo retorno do estacionamento rotativo. No início do ano, lojistas se reuniram em encontro virtual organizado pela CDL Campo Grande para cobrar providências. Eles afirmam que a falta de rotatividade nas vagas prejudica as vendas.

Em resposta à reportagem, a Agetran informou que o texto do projeto do estacionamento rotativo na região central segue em fase de elaboração e passando por ajustes técnicos para garantir que a proposta atenda de forma adequada às necessidades da cidade. Com informações do site Campo Grande News