Sem licença e jogado dejetos na natureza, curtume “podrão” é interditado pela Justiça. Vai vendo!

Depois que foi flagrado, no dia 19 de junho, cometendo irregularidades ambientais pela equipe da DECAT (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista) e pela Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana), o curtume do Grupo Qually Peles, de propriedade do empresário Jaime Vallér, que também é dono do jornal O Estado MS, foi interditado.

Ao invés de sanar essas irregularidades recorrentes, Jaime Vallér resolveu usar o próprio jornal para tentar justificar o crime ambiental, publicando uma matéria e uma nota oficial. Por meio da nota, ele esclarece que é uma empresa que atende todos os requisitos ambientais, sendo uma recicladora de lixo animal.

No entanto, desde 2017, o curtume do Grupo Qually Peles enfrenta problemas com o MPE (Ministério Público Estadual), que chegou a pedir judicialmente a interdição da indústria por poluição e por não ter sanado 19 irregularidades ambientais apontadas por meio de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta). Além disso, dois anos antes, em 2015, dois funcionários do local morreram ao caírem em tanque de tratamento de água.

Agora, depois de finalmente ter a empresa interditada pela 34ª Promotoria de Justiça do MPE na última segunda-feira, dia 29 de junho, por apresentar licença ambiental vencida e possível despejo irregular de poluente em área rural de Campo Grande, Jaime Vallér justifica que a “suspeita” levantada pela Semadur e encaminhada para as autoridades da Justiça tem a ver com uma eventual falha no encaminhamento de dejetos em área que o Grupo Qually Peles lembra ser de autorização prévia.

Ele ainda garante que há litígio burocrático em que se aguarda o encaminhamento do Poder Público para aprovação de um projeto técnico para a obtenção da licença ambiental. Jaime Vallér ainda tenta “ganhar” as autoridades com a velha história de que a indústria é geradora de emprego e que, com a interdição, ficará difícil preserva 370 empregos diretos e 100 indiretos.

Por fim, o Grupo Qually Peles também informa que está à espera das autoridades para ser enquadrado nas melhores práticas do meio ambiente, uma vez que iniciou a operação em Mato Grosso do Sul há duas décadas, por acreditar no desenvolvimento de Campo Grande.

No entanto, o empresário esquece de informar que há cinco anos vem apresentado irregularidades ambientais e que já chegou a assinar um TAC com o MPE para solucionar os problemas, porém, mesmo assim, deixou de cumprir. Agora, depois que a “porta” foi arrombada, decide trocar a fechadura, posando como bom moço e empresário exemplar.

Vai vendo!!!