Sem lei e sem trégua! Pistoleiros executam 4 pessoas em menos de 24 horas na fronteira

Nas últimas 24 horas, a fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul virou terra de ninguém com quatro pessoas sendo executadas por pistoleiros. Com essas mortes, o número de assassinatos na região chega a 30 somente neste ano, sendo 14 mortes em janeiro, 10 em fevereiro e 6 em março.

A primeira vítima de pistoleiros foi assassinada na quarta-feira e trata-se de Wathylla Pereira Soares, 26 anos, que é natural de Araguaína (TO), mas residia até o ano passado em Várzea Grande (MT). Ele foi encontrado degolado em estrada de terra do Jardim Monte Alto, a poucos metros da linha internacional que separa o município de Ponta Porã (MS) de Pedro Juan Caballero (PY).

Na tarde de hoje (04), também em Ponta Porã, foram encontrados os corpos de um homem e uma mulher, ainda não identificados, jogados na margem de uma estrada perto do frigorífico da Friboi/JBS, ficando a 100 metros de onde o corpo de Wathylla Soares foi encontrado ontem.

A mulher usava blusa com estampa azul e saia jeans e o homem vestia camiseta cinza, bermuda jeans e estava de boné. Os dois corpos estavam de bruços, indício de que tenham sido “desovados” no local.

Ainda nesta quarta-feira, o pecuarista brasileiro Rivaldo Aparecido de Oliveira, 66 anos, foi executado por pistoleiros em sua propriedade rural na Colônia Nova Esperança, nos arredores de Yby Yaú, povoado localizado no Departamento de Concepción.

Segundo a Polícia Nacional do Paraguai, Rivaldo de Oliveira foi morto em casa, na Fazenda Santa Fé, sendo que dois pistoleiros chegaram ao local em um veículo branco, possivelmente uma caminhonete. O motorista ficou no volante e o outro invadiu a casa.

Dentro da residência, o pistoleiro encontrou a mulher do brasileiro, a quem perguntou onde Rivaldo estava. Depois foi até o cômodo onde o pecuarista estava e o executou com vários tiros.

A testemunha informou à Polícia que a dupla deixou o local andando tranquilamente. Os bandidos também não levaram nada da fazenda, o que descarta hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte).