Dados da SES (Secretaria Estadual de Saúde) revelam que a maioria das mortes por Covid-19 em Mato Grosso do Sul são de pacientes que não estavam com, pelo menos, duas doses da vacina contra a doença. Considerado o total de casos desde o ano passado, quando os imunizantes começaram a ser aplicados, cerca de 85,97% das mortes eram de não vacinados.
Segundo o site Campo Grande News, quando comparada a data de morte de quase 6,5 mil indivíduos que foram levados pelo coronavírus, entre janeiro de 2021 e 2022, com o registro de quando receberam a 2ª dose do imunizante é possível comprovar que a maioria dos óbitos é de pessoas sem o ciclo vacinal completo.
A análise não considera o recebimento da 3ª dose, já que o sistema do Ministério da Saúde, o qual foi utilizado como fonte, não contabiliza, até o momento, esta informação. Desta forma, vale ressaltar que a dose de reforço – que pode ser aplicada em, no mínimo, quatro meses da última imunização – pode reduzir ainda mais este índice. Foram considerados os dados disponíveis pela pasta federal, que foram consolidados até o fim de janeiro.
Relatório da SES, com dados atualizados até terça-feira (8), que indica que 11 das 12 vítimas registradas em um dia não tinham recebido nenhuma dose da vacina. Somente no boletim epidemiológico divulgado ontem (9), com dados referentes às últimas 24 horas, foram 26 novas mortes pela doença – cerca de uma a cada 60 minutos.
O índice de vítimas voltou a crescer e é o maior desde meados de agosto de 2021. Ainda assim, a tendência de mortes não cresceu com a mesma força que o número diário de casos – são mais de 2,5 mil por dia -, o que é visto como consequência da cobertura vacinal.
Atualmente, cerca de 74,4% da população está com o primeiro ciclo vacinal completo, ou seja, recebeu duas doses ou vacina única da Janssen. Há duas semanas, dados da SES indicavam que quase 300 mil sul-mato-grossenses estavam sem qualquer dose.
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