Um assistente de fotografia e um assistente de som escaparam do acidente fatal com avião no município de Aquidauana (MS), ocorrido na terça-feira (23) e que vitimou quatro pessoas. Eles faziam parte da equipe que filmaria um documentário no Pantanal e não embarcaram na aeronave por falta de espaço.
A capacidade do avião era para quatro pessoas, já incluindo o piloto, e, dessa forma, os dois integrantes da equipe escaparam da morte certa, como aconteceu com os cineastas Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz e Rubens Crispim Júnior, o arquiteto chinês Kongjian Yu e o piloto Marcelo Pereira Barros.
O acidente ocorreu quando as vítimas tentavam pousar na Fazenda Barra Mansa, por volta das 18h30. O grupo era formado por cinco pessoas e estava hospedado no Hotel Barra Mansa desde sexta-feira (19) e, durante os cinco dias, foram realizados voos diários para coleta de imagens e reconhecimento.
Os outros dois integrantes da equipe também participaram das filmagens aéreas, mas em voos anteriores à tragédia. “Eles estavam todos encantados com o Pantanal e com a comida”, relatou uma fonte ouvida pela reportagem do site Campo Grande News.
A testemunha disse ter ouvido a explosão e, em seguida, visto a fumaça. “É um choque muito grande”, comentou.
Segundo o relato, o avião Cessna Aircraft 175, prefixo PT-BAN, era herança da família do piloto Marcelo Barros, que o utilizava em voos internos como guia da Fazenda Barra Mansa.
A aeronave, fabricada em 1958, não era usada como táxi-aéreo nem em viagens externas, garante a mulher. Sobre a presença de queixadas (porcos-do-mato) na pista de pouso, a fonte descreveu o episódio como uma “fatalidade”, afirmando que não era algo que inviabilizasse, com frequência, decolagens ou aterrissagens no local.
“O Marcelo amava o que fazia e morreu fazendo o que amava”, acrescentou. A aeronave não tinha permissão para voar à noite, nem para fazer serviços como táxi-aéreo, mas o pouso ocorreu já ao escurecer.