Relatório da polícia mostra que MS tem 10,8 mil registros de pessoas desaparecidas desde 2016

Dados de relatório anual apresentado pela Delegacia Especializada de Homicídios, com base no Sigo (Sistema Integrado de Gestão Operacional), Mato Grosso do Sul acumula, desde 2016, 10.842 registros de pessoas desaparecidas, a maioria homens.

De acordo com o delegado Carlos Delano, titular da Delegacia, os números não retratam necessariamente o total de moradores que permanecem sumidos, isso porque, muitas famílias deixam de comunicar à polícia quando um familiar é encontrado.

Conforme relatório da Polícia Civil, dos sumiços comunicados, 56,42% são de homens e 43,58% de mulheres. Além disso, 76% são adultos, 17% idosos, outros 4,95% adolescentes e crianças encerram a lista com percentual de 1,55% das ocorrências. Crianças e adolescentes somam 699 boletins de ocorrência feitos.

Desde 2022, o relatório anual de desaparecidos, instituído por lei, serve para orientar a tomada de decisões sobre políticas públicas de desaparecimentos e auxilia na criação de estratégias para evitar ocorrências do tipo.

Em Mato Grosso do Sul a intenção é integrar dados das secretarias de Segurança Pública e Saúde para otimizar os resultados.

Além disso, está em andamento estudo para criação de banco de dados público, onde moradores terão acesso a imagens e informações de pessoas sumidas. Atualmente, os dados são de acesso apenas das forças de segurança pública.

Conforme balanço, 51% dos desaparecimentos involuntários são causados por patologias mentais ou abuso de álcool e drogas. Aspecto positivo é que 95% das pessoas sumidas aparecem ou são localizadas logo nos primeiros dias. No ano passado, 1.833 desapareceram no Estado. Dos sumidos desde 2016, 1.202 foram localizados no ano passado.