Com uma eficiência inédita na fronteira, a Polícia Nacional do Paraguai agiu rápido e prendeu ontem (26) dois integrantes da facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital) envolvidos nas execuções dos quatro homens encontrados enterrados em uma cova rasa na zona rural de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS).
Trata-se de Elio Balvino Ovelar Espinoza, 46 nos, conhecido como “Titã”, e Freddy Osmar Sanabria Cáceres, de 33 anos, estavam em uma caminhonete modelo Toro blindada e teriam furado bloqueio na saída de Pedro Juan Caballero. Eles foram perseguidos até próximo colônia Estrella e detidos.
A Polícia paraguaia não descarta a possibilidade de a dupla ter participado da chacina, contudo, ainda não há indícios suficientes para afirmar que eles são suspeitos do caso. O delegado Feliciano Martínez, do Departamento de Investigações de Amambay, revelou que Elio Balvino Ovelar Espinoza tem várias passagens pela Polícia, dentre crimes como homicídio doloso, agressão e roubo qualificado.
Já Freddy Osmar Sanabria Cáceres também tem um longo histórico de roubos, violência familiar e outros crimes. Com a dupla os policiais também apreenderam uma pistola calibre 9 mm. Dois sobrinhos do empresário Fahd Jamil, o “Rei da Fronteira”, estão entre os quatro homens executados e enterrados em uma cova rasa na zona rural de Pedro Juan Caballero. Muriel Correia era filho de Clerio Carlos Corrêa, irmão da segunda mulher de Fahd Jamil, Cledina Correia.
O outro parente de Fahd seria Riadi Salem, neto de Maria Nilva, outra irmã de Cledina. Os outros dois corpos seriam de Felipe Bueno, morador em Ponta Porã, e Cristián Gustavo Torales, guarda-costas e motoristas do Cassino Guaraní, respectivamente. As vítimas foram sequestradas na noite de segunda-feira (23), enquanto estavam no cassino, na Linha Internacional com Ponta Porã. De acordo com a Polícia Nacional, os quatro foram torturados e executados com tiros na cabeça.