Queimando dinheiro do eleitor, deputados de MS gastam R$ 8,1 milhões em verba extra

O site MS em Brasília publicou levantamento apontando que os oito deputados federais e os 24 deputados estaduais de Mato Grosso do Sul fecharam os primeiros oito meses do ano com gastos de R$ 8,1 milhões da cota para o exercício da atividade parlamentar ou verba indenizatória. A maioria deles, 27, disputa a reeleição.

Na Câmara dos Deputados, a deputada Tereza Cristina (PP) concorre ao Senado e Rose Modesto, do União Brasil, ao Governo do Estado. Já na Assembleia, o deputado Capitão Contar (PRTB) disputa o Governo, Barbosinha (PP) é vice na chapa de Eduardo Riedel (PSDB) ao Governo e Felipe Orro (PSD) desistiu de concorrer.

Os 24 deputados estaduais consumiram R$ 6,15 milhões entre janeiro e agosto – média de R$ 256,2 mil por parlamentar. Já os nove deputados federais (em razão do retorno de Tereza Cristina ao cargo, que era ocupado por Bia Cavassa) gastaram R$ 1,96 milhão – média de R$ 217,8 mil por parlamentar.

Na Assembleia Legislativa, os mais gastões nos oito primeiros meses do ano foram Márcio Fernandes (MDB) com R$ 287.731,32, seguido de Pedro Kemp (PT) com R$ 287.331,60 e Neno Razuk (PL), R$ 287.045,58.

Na Câmara, os campeões em gastos têm sido os mesmos dos últimos anos: Dagoberto Nogueira (PSDB), com R$ 316.562,13, Loester Trutis (PL), R$ 298.367,04, e R$ Beto Pereira (PSDB), R$ 284.111,84. Os dois primeiros – Dagoberto e Trutis – também lideram no geral, entre os 32 deputados estaduais e oito federais.

Os gastos entre os parlamentares federais e estaduais de Mato Grosso do Sul são parecidos. Ambos os cargos utilizam grande parte do dinheiro da verba indenizatória para pagamentos de serviços de consultorias e trabalhos técnicos, além de divulgação da atividade parlamentar.

A despesa feita pelos parlamentares na área de consultoria, especialmente, é considerada irregular pelo secretário-geral da Associação Contas Abertas, Gil Castello Branco. Ele explica que os parlamentares têm verba para contratação de assessores justamente para produzir trabalhos técnicos.

Enquanto na Assembleia Legislativa os maiores gastos foram em consultoria, no total de R$ 2,18 milhões; na Câmara dos Deputados as maiores despesas foram com divulgação da atividade parlamentar, as quais somaram R$ 516 mil.

Os parlamentares com menores gastos são o deputado federal Fábio Trad e os deputados estaduais Zé Teixeira (PSDB), Paulo Corrêa (PSDB), Marçal Filho (PP) e Capitão Contar (PRTB). As despesas desses ficaram entre R$ 139 mil e R$ 227 mil.

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