Professora de Dourados massacra chapa adversária e é eleita com o triplo de votos na Fetems

Professor vota para escolher nova presidência da Fetems, na sede da ACP, em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)... veja mais em https://www.campograndenews.com.br/politica/sem-pm-na-porta-professores-de-ms-vao-as-urnas-em-eleicao-disputada-na-fetems

A professora Deumeires Batista de Souza Rodrigues de Morais foi matematicamente eleita presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) na noite desta segunda-feira (2), após a apuração de mais de 95% dos votos em todo o Estado.

Às 22h, com mais de 95% das urnas apuradas, foi decidido que a educadora venceu com ampla vantagem diante do seu adversário Joaquim Neto, da Chapa 2, que tinha como lema “Alternativa”: 8.500 contra 2.198 da oposição, vitória matemática. Somente em Campo Grande, a professora obteve 119 de 126 votos no resultado parcial.

Deumeires afirmou que o resultado reflete a união dos trabalhadores em educação em torno de uma proposta de continuidade com responsabilidade.

A presidente eleita também destacou que uma das prioridades será a realização de concurso público, com foco na equiparação salarial entre professores efetivos e convocados.

Ela ainda afirmou que pretende se opor à privatização de escolas públicas no Estado. Natural de Tupi Paulista (SP) e radicada em Dourados, Deumeires ressaltou o orgulho de representar todos os municípios sul-mato-grossenses à frente de uma das maiores federações do Centro-Oeste.

Vice-presidente eleito, Onivan Corrêa disse que o principal desafio da nova gestão será fortalecer a base sindical.  Ele reforçou que a Fetems é formada por 74 sindicatos e que o trabalho precisa ser coletivo e contínuo.

Conforme a direção da Fetems, a eleição ocorreu durante todo o dia com uso de cédulas de papel, após campanha marcada por críticas à ausência de urnas eletrônicas e pedidos de policiamento negados pela comissão eleitoral.

Principais propostas da presidente eleita:

Novo concurso público para professores e administrativos;
Redução da diferença salarial entre efetivos e convocados;
Cumprimento pleno da Lei do Piso, incluindo jornada e carreira;
Revogação do desconto de 14% nos salários de aposentados;
Combate à privatização da educação pública;
Valorização dos administrativos da educação, com aprovação de piso nacional.