Procon autua a Orgânica Farmácia de Manipulação por cobrar preços abusivos na hidroxicloroquina

A pandemia mundial do novo coronavírus (Covid-19) não tem servido para aplacar a ganância de alguns empresários, principalmente aqueles que comercializam medicamentos. De olho nesses gananciosos, o Procon tem fechado o cerco às farmácias de Campo Grande e, nesta segunda-feira (24), autuou a Orgânica Farmácia de Manipulação por cobrar preços abusivos pela hidroxicloroquina.

Segundo denúncia de consumidores enviada ao Procon, ficou constatado a divergência de valores cobrados na comercialização de medicamentos manipulados pela Orgânica. Um dos exemplos está nos preços apresentados, inicialmente, em dois orçamentos, apesar de funcionários alegarem erro de digitação.

No primeiro deles foi apresentado o valor de R$ 82,50 para a venda de seis unidades de hidroxicloroquina de 400 miligramas, ou seja, cada unidade sairia a R$ 13,75. Já, em um segundo orçamento, desta vez para 60 comprimidos, o valor apresentado foi de R$ 665,50, o que equivale a R$ 11,09 por unidade.

Entretanto a oscilação de preços ocorre de cliente para cliente chegando a uma diferença de R$ 8,67 a unidade uma vez que ao solicitar as notas fiscais de venda a equipe do Procon verificou que, em alguns casos, eram cobrados R$ 2,77 por unidade e em outros R$ 11,41 no período entre abril e agosto.

Porém, o que configura irregularidade não é simplesmente a variação de preços uma vez que houve aumento no custo do produto, mas há necessidade de o consumidor receber essa informação de forma clara. A informação objetiva se faz ainda mais necessária se levarmos em consideração que estamos passando por uma fase difícil com o enfrentamento da pandemia de Covid-19.

Os problemas não residem só nessa constatação. Ficou demonstrado, também, que o estabelecimento comercial não emite Nota Fiscal de forma espontânea, fato que os responsáveis tentam justificar afirmando estar ocorrendo falha no sistema de impressão.