PRF de Campo Grande é preso em Minas por uso de drogas e adulterar placa de motocicleta

Donos de salários iniciais acima de R$ 13 mil e famosos por passarem por um rigoroso treinamento, os policiais rodoviários federais não estão fazendo jus à preparação que recebem na academia da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e, cada vez mais, estão se envolvendo em ocorrências que extrapolam suas funções. Esse é o caso do policial rodoviário federal Alberto Luiz Machado Siqueira, 41 anos, que pertence aos quadros da PRF (Polícia Rodoviária Federal) em Campo Grande (MS), foi preso na quinta-feira (20), no quilômetro 68 da BR-364, no município de Frutal (MG), pela Polícia Militar de Minas Gerais por consumo de maconha e transitar com uma motocicleta com placa adulterada.

 

O PRF estava pilotando uma motocicleta I/BMW R1200 GS, de cor prata, cuja a placa estava visivelmente adulterada, com modificação das letras com o uso de fita adesiva preta. Ao constatar a visível adulteração, os policiais militares deram ordem de parada a Alberto Siqueira e solicitaram que ele colocasse as mãos na cabeça, quando foi revistado. Após revista, eles encontraram um revólver de calibre 38 no bolso de sua jaqueta, 21 munições intactas, cigarros e também alguns pacotinhos com maconha. O PRF disse que estava indo visitar o pai na cidade de Belo Horizonte (MG) e afirmou que era policial rodoviário federal, mas, no momento, não portava o documento de identificação.

 

 Pela localização ruim, os policiais militares não conseguiram encontrar um sinal telefônico para realizar a constatação das informações no local, entretanto, ao chegarem no posto policial, foi confirmado que Alberto Siqueira exercia a função de PRF em Campo Grande. Ele confessou a adulteração da placa para evitar a penalização dos radares nas rodovias e alegou fazer uso contínuo de maconha para aliviar a situação pessoal difícil que estaria vivendo. Diante de todos os fatos, o policial rodoviário federal recebeu voz de prisão por adulteração de veículo automotor e também por uso e consumo de substâncias ilícitas, sendo conduzido a exames médicos e, em seguida, para a carceragem da Delegacia de Polícia Civil de Frutal, onde está recolhido.

 

Para ingressar na PRF, é necessário passar pelo exame toxicológico, assim como ocorre com os motoristas das categorias C, D e E, que conduzem basicamente caminhões, ônibus e carretas. No entanto, após a admissão na PRF, os policiais rodoviários federais não são mais submetidos a exames toxicológicos de larga janela randômicos, que permitem identificar o uso regular de drogas nos últimos 90 dias e estimula o agente de segurança pública a não fazer uso de substâncias psicoativas.

 

Em busca junto à Justiça Estadual, foi possível constatar que Alberto Siqueira responde a um processo em segredo de justiça por descontrole emocional e ameaça de morte contra duas vítimas menores de idade dentro de condomínio de luxo em Campo Grande. Em nota, o Núcleo de Comunicação Social da PRF no Estado informou que vai se posicionar sobre o caso, pois o fato envolvendo o policial rodoviário federal não tem relação com sua condição funcional, pois ocorreu durante a folga.