Preso na Capital, autor de facada em Bolsonaro ainda tem sinais de transtorno delirante

O autor da facada no presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), durante a campanha eleitoral de 2018, Adélio Bispo de Oliveira, continua com sinais de transtorno delirante paranóide. De acordo com laudo dos psiquiatras designados pela Justiça Federal para avaliar a condição da saúde mental do homem que está custodiado no Presídio Federal de Campo Grande, “não houve cessação de periculosidade”.

O documento dará subsídio para o juiz do caso decidir se Adélio Bispo continuará preso ou será colocado em liberdade. Caso o magistrado siga com o parecer técnico, composto de dez perguntas sobre o autor do atentado ao presidente Bolsonaro, a previsão é que ele continue preso e em tratamento na penitenciária federal da Capital, onde está desde setembro de 2018.

O diagnóstico é o mesmo que a Justiça usou para absolvê-lo da facada, já que determina que Adélio Bispo é inimputável e, por isso, foi imposta uma medida com caráter de internação para tratamento. Conforme a legislação penal, depois do cumprimento mínimo de internação, que nesse caso é de três anos, a pessoa deve passar por nova perícia para embasar as decisões sobre a manutenção ou não da medida.

O novo laudo tem validade de um ano e, com isso, caso a sentença seja para manter a medida de segurança, Adélio Bispo ficará por mais 12 meses sob os cuidados do Estado e depois passará por nova avaliação. O MPF (Ministério Público Federal) apresentou manifestação nos autos após a conclusão dos exames, mas o teor das considerações não foi divulgado. Já a Defensoria Pública da União, que faz a defesa de Adélio Bispo, disse que não pode divulgar informações sobre a saúde do custodiado.