Preso em MS, narcotraficante mais procurado da Argentina será extraditado para país de origem

O narcotraficante mais procurado da Argentina, Jorge Ruiz, mais conhecido como “Fantasma”, que foi preso ontem (28) pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) no quilômetro 530 da BR-163, em Jaraguari (MS), será extraditado para o seu país de origem pela Polícia Federal.

Ele é apontado como cabeça da facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital) na Argentina e estava sendo “caçado” pela Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal).

No momento de sua prisão no Estado, ele portava documentos falsos em nome do boliviano Jorge Mendes. Na Argentina, onde há mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas, ele seria o responsável pelo narcotráfico no país.

“Após lavratura do auto de prisão em flagrante, a Polícia Federal representou pela prisão preventiva do indivíduo. Em paralelo, a administração central da PF solicitará ao Supremo Tribunal Federal (STF) a extradição do argentino, entregando-o à polícia daquele país”, diz publicação da Polícia Federal

Segundo informações da PRF, Jorge Ruiz estava em uma caminhonete Hilux nova, que tinha poucos quilômetros rodados, acompanhado de sua amante, que não teve o nome divulgado, e de seu motorista e segurança, Valdesom Pereira dos Santos.

O veículo vinha de Rondonópolis (MT) para Campo Grande (MS) e o motorista, que já tinha sido detido pela PRF em outras duas ocasiões por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, era procurado pela Justiça por diversos crimes.

A PRF informou que, durante a abordagem de rotina, os policiais rodoviários federais notaram um certo “nervosismo” no trio. O condutor teria afirmado que estava transportando um casal boliviano.

Na revista, Jorge Ruiz apresentou identidade e passaporte boliviano falsos, em nome de Jorge Mendes, logo identificados pela PRF. A mulher que o acompanhava, posteriormente identificada como sua amante, também portava identidade boliviana, mas era verdadeira.

À PRF, Jorge Ruiz confessou ser foragido da Justiça Argentina e afirmou ser membro do PCC. Ele teria entrado no Brasil em dezembro de 2022 e seguido para Rondonópolis.

Além dos documentos falsos de nacionalidade boliviana, Jorge Ruiz portava uma identidade brasileira falsa, comprada por US$ 5 mil. Além dos documentos, foram apreendidos quatro celulares de uso pessoal do narcotraficante e a caminhonete – cujo proprietário ainda não foi identificado pela polícia. Não foram encontrados itens ilícitos no veículo.