Enquanto a Câmara Municipal da Capital protagonizou cenas de “horror” político nos últimos anos, seus comandantes, desde Mário Cesar (PMDB), afastado da presidência, até o atual, João Rocha (PSDB), estavam capitaneando uma nave cheia de acusações e suspeitas de corrupção.
Apesar da renovação no legislativo ser de 60%, parece que o resultado das urnas não fizeram acordar o atual presidente.
Enrolado até o pescoço na Operação Coffe Break e gestor durante um dos períodos mais negros da Casa de Leis, que não tem produtividade, sem nível político e envolvida em escândalos que culminaram com a prisão do procurador jurídico André Scaff e o afastamento do ex-presidente Mario Cesar, PMDB, o vereador reeleito com 4.134 votos e tendo gasto R$ 219.182,32, João Rocha, PSDB, não pretende largar o osso de presidente da Câmara de Campo Grande no próximo mandato.
Alheio aos fatos citados e aos inúmeros escândalos protagonizados pela outrora pujante Casa de Leis, o nobre vereador já iniciou as articulações para permanecer no cargo de presidente para dar continuidade ao “excelente” trabalho à frente do espaço, que, atualmente, tem 24 servidores para cada um dos 29 vereadores, conforme consta no portal de transparência.
Além disso, a Câmara da Capital não promove concurso público há 12 anos – pasmem, mas desde de 2004 não é realizado esse tipo de processo seletivo -, o MPE (Ministério Público Estadual) precisou intervir para que as contratações sejam revistas as tais contratações e a urgente realização de um concurso público.
Hoje, para espanto de todos os cidadãos campo-grandenses, dos 702 servidores da Casa de Leis, 657, ou seja, 93,5%, são comissionados e somente 45, apenas 6,41%, entraram na Câmara de Vereadores por meio de concurso público.
Mesmo assim o presidente João Rocha quer ser reeleito para o cargo. Ele tem como adversário inicial o colega dele de partido, Lívio Viana, que deve abrir mão para que o partido não tenha um racha na Câmara.
À imprensa, João Rocha anda declarando que o partido deve decidir em consenso, mas evitou dizer que tem a maioria. “Sou uma pessoa de consenso, que sempre procuro evitar qualquer tipo de disputa. Acredito que podemos caminhar juntos para uma harmonia na Câmara e com o Poder Executivo. Caminhamos bem para que não tenha disputa”, declarou.
A falta de vergonha na cara do “nobre” vereador é gritante, pois, apesar de a gestão ter sido marcada pela total inoperância, ele ainda pensa que tem credencial para continuar à frente da Câmara.
Agora, a esperança recai sobre os novos vereadores eleitos para que tentem mudar a imagem da Casa de Leis, que anda mais suja que fralda de bebê de meses de idade.