O que você faria se chegasse à sua casa e estivessem realizando uma grande festa, cheia de convidados e autoridades, mas não tivessem lhe avisado do evento?
Pois foi justamente isso que aconteceu no fim da tarde desta quinta-feira (21) no Memorial da Cultura Indígena, na Aldeia Urbana de Campo Grande, na Rua Terena, no Bairro Tiradentes.
A Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Educação, lançou os cursos de pós-graduação, latu sensu, em Língua e Cultura Terena e de Linguagens e questões etnicorraciais e de gênero, mas não convidou as lideranças terenas do bairro.
O evento estava repleto de diretores de escolas e creches municipais, além de autoridades, como o ex-vereador Paulo Pedra, homem forte do prefeito Alcides Bernal. No entanto, os índios moradores da aldeia urbana estavam alheios a tudo, os mais novos brincavam na rua em frente, enquanto os mais velhos olhavam assustados para toda a movimentação.
Porém, o ponto alto da falta de organização do cerimonial foi colocar para discursar uma liderança indígena sem antes explicar o que era tudo aquilo. Resultado, o “cacique” perguntou o que estava acontecendo e o porquê de não terem convidado as lideranças.
A gargalhada da plateia foi em alto e bom som para todos ouvirem e coube à secretária municipal de Educação, Leila Cardoso Machado, tentar amenizar a gafe, falando que iria questionar a diretora da escola municipal do bairro porque não tinha convidado as lideranças indígenas.
A iniciativa do projeto é válida, pois as especializações têm como objetivo oferecer capacitação aos professores dos ensinos Fundamental e Médio, em nível de pós-graduação latu sensu, na perspectiva técnico-científica, enfocando temas transversais sobre questões da Língua e Cultura Terena e sobre Questões etnicorraciais e de gênero.
Uma cidade de piada pronta!