A Prefeitura de Campo Grande publicou, na edição de ontem (24) do Diogrande (Diário Oficial do Município), decreto com informações sobre os valores dos imóveis que servirão de base para a atualização do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) para o exercício de 2026.
O reajuste será de 5,32%, percentual equivalente à variação do IPCA-E (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial), conforme determina o texto assinado pela prefeita Adriane Lopes (PP) e pela secretária municipal de Finanças e Planejamento, Márcia Hokama.
De acordo com o decreto, o reajuste é apenas a correção monetária pela inflação, sem aumento real na base de cálculo, o que dispensa o envio de projeto à Câmara Municipal. A atualização incide sobre a Tabela de Valores Unitários por Metro Quadrado de Edificação e a Planta de Valores Genéricos, que servem de base para o cálculo do imposto.
O documento — com 53 páginas — traz as tabelas detalhadas de valores por tipo de imóvel e metragem, levando em consideração a situação cadastral até 17 de outubro de 2025. Também são contempladas informações técnicas, como o uso do imóvel (se residencial, comercial, industrial, institucional ou terreno baldio) e as benfeitorias da região.
Embora o decreto ainda não traga os valores finais do imposto para cada contribuinte, a administração municipal afirma que quem quiser estimar o montante poderá fazê-lo aplicando a variação de 5,32% sobre o valor pago neste ano.
A alíquota média do IPTU em Campo Grande continua em 3,5% do valor venal do imóvel, podendo variar conforme o tipo de terreno ou em casos de IPTU progressivo, aplicado a imóveis ociosos ou mantidos para especulação imobiliária.
Os carnês do IPTU de 2025 foram disponibilizados no início de dezembro do ano passado, com vencimento da primeira parcela — ou do pagamento à vista com 20% de desconto — em 10 de janeiro. A expectativa é que o cronograma de 2026 siga o mesmo formato, com opção de parcelamento em até 12 vezes.
Além do imposto, o contribuinte paga a Taxa de Coleta, Remoção e Destinação de Resíduos Sólidos Domiciliares, cujo reajuste foi definido por decreto em setembro, variando conforme o tipo e o valor do imóvel.
Neste ano, a Prefeitura também manteve o Refis Municipal, permitindo a renegociação de débitos tributários, incluindo o próprio IPTU. O novo decreto, porém, não menciona a data de lançamento dos carnês de 2026 — informação que será divulgada posteriormente pela administração municipal.
