Prefeita acusada de desviar R$ 156 milhões da Saúde e Conselho pede auditoria no Fundo de Saúde

Após o site TopMídiaNews denunciar que a gestão do vale tudo da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), ter desviado exatos R$ 156.830.401,28 do Fundo Municipal de Saúde sem as devidas autorizações legais para pagar contas atrasadas, o Conselho Municipal de Saúde solicitou a realização de uma auditoria técnica, contábil e financeira no órgão, abrangendo os últimos cinco exercícios (2020 a 2025).

Conforme o site, o pedido foi aprovado por unanimidade durante a 460ª Reunião Ordinária do Pleno, realizada na última quarta-feira (30). A decisão se baseia em uma série de irregularidades apontadas pelo colegiado, como a ausência de envio dos extratos bancários e conciliações das contas há cerca de um ano, mesmo após reiteradas cobranças.

Também foi destacada a inexistência de lançamentos de “contas a pagar” nos balancetes de 2025, o que, segundo o Conselho, contraria a realidade dos serviços e dificulta a análise da real situação financeira da saúde municipal. Outro ponto levantado é o atraso no pagamento a prestadores de serviços e fornecedores, que relatam insegurança na continuidade do atendimento e no fornecimento de insumos.

Além disso, a sociedade civil e representantes do próprio Conselho vêm questionando a falta de clareza sobre saldos, restos a pagar e compromissos assumidos pelo Fundo. Diante das denúncias, o Conselho encaminhou o pedido de auditoria a três instâncias de fiscalização e controle: Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS), para análise dos recursos estaduais e municipais; Tribunal de Contas da União (TCU), devido ao repasse de recursos federais; Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus), responsável pela avaliação do uso dos recursos do Sistema Único de Saúde em todo o país.

No documento, o coordenador do Conselho Municipal de Saúde, Jader Vasconcelos, pede que a auditoria examine especialmente a execução orçamentária e financeira, o registro de despesas, conciliações bancárias, registros de contas a pagar e a regularidade nos processos de pagamento.

Ainda de acordo com o site, a manobra teria ocorrido antes do pleito do ano passado, para o pagamento de folha salarial, impedindo qualquer possibilidade da inserção do nome da prefeitura Adriane Lopes (PP), então pré-candidata à reeleição, na ‘lista-suja’ do Tribunal de Contas do Estado, o que poderia barrar a campanha eleitoral. Além de Adriane, as supostas irregularidades envolveriam Rosana Leite, secretária municipal de Saúde, e Márcia Hokama, secretária municipal de Fazenda.

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