Policial civil que estuprou presa dentro de Sala Lilás em Sidrolândia é afastado. Mas só isso?

O policial civil Elbelson de Oliveira, 41 anos, preso em flagrante por estuprar uma detenta de 28 anos dentro da “Sala Lilás”, na Delegacia da Polícia Civil de Sidrolândia, finalmente foi afastado compulsoriamente de suas funções pelo delegado corregedor-geral Márcio Rogério Faria Custódio.

O policial civil estuprou a mulher duas vezes, a primeira no dia em que ela foi presa, no dia 4 de abril, e a segunda no dia 12, na delegacia de Sidrolândia, na chamada “Sala Lilás”, criada justamente para atender vítimas de violência de gênero.

A portaria estabelece que sejam recolhidas as armas de Elbelson de Oliveira, junto com a carteira funcional e demais pertences do patrimônio público. As senhas e logins de acesso aos bancos de dados da instituição policial também serão suspensos, assim como as férias e avaliações para possíveis promoções.

As medidas valem enquanto o policial permanecer preso e ainda ressalta que a Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) vai administrar ação disciplinar ao policial, que cumpre a prisão provisória em Campo Grande.

No dia em que foi violentada pela primeira vez, a vítima não contou nada a ninguém, até que na noite do dia 12, o mesmo policial a estuprou novamente e os episódios foram descobertos.

Conforme registrado pela polícia, presos de outra cela ouviram a moça chorar muito durante a noite, logo depois de ter sido tirada da carceragem pelo investigador. Eles perguntaram o que havia acontecido e presa relatou que havia sido estuprada.

Os outros detentos decidiram então denunciar a situação. Contaram a outro policial que tinham um celular e pediram para chamar a delegada Thais Duarte Miranda. Eles revelaram ainda que o celular foi dado por Elbelson de Oliveira como forma de “comprar o silêncio” das testemunhas.

Câmeras de segurança da delegacia foram verificadas e constataram que, no dia 12, o investigador retirou a mulher da cela por volta das 18h23 e retornou às 18h43. Comprovaram também o momento em que o policial civil entrega o aparelho celular aos detentos por volta das 19h30.

Após o ocorrido, o juiz Albino Coimbra Neto decidiu libertar a mulher de 28 anos, que agora responde ao processo em liberdade. Ela foi presa no dia 4 de abril, flagrada com drogas em uma van que saiu da fronteira com destino a São Paulo (SP). Com informações do site Campo Grande News