Pistoleiros executam mais dois na fronteira e número de mortes chega a 90 no ano

Nesta quinta-feira (30), os crimes de pistolagem na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul fizeram mais duas vítimas. A primeira foi em Ponta Porã (MS), onde Raimundo Ribeiro, mais conhecido como “Véio do Gelo”, foi encontrado morto a tiros de pistola calibre 9 mm na Rua Jorge Roberto Salomão, nas proximidades da Secretaria Municipal de Ação Social, enquanto a segunda foi em Capitán Bado, cidade paraguaia que faz fronteira com Coronel Sapucaia (MS), onde Robustiano Pereira também foi assassinado a tiros de pistola calibre 9 mm em frente da própria residência no Bairro San Roque.

Com essas duas mortes, o número de execuções na região chega a 90 somente neste ano, sendo 14 mortes em janeiro, 12 em fevereiro, 12 em março, 20 em abril, 15 em maio e 17 em junho. No caso do “Véio do Gelo”, conforme a Polícia Civil, ele tem várias passagens na Polícia por crimes de furto e roubo, sendo que o corpo dele foi encontrado por populares que acionaram a Guarda Civil. A vítima estava deitada em um colchão coberto por um papelão e, ao seu lado, estava o cachorro de estimação. Peritos da Polícia Civil estiveram no local e o corpo de Raimundo Ribeiro foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Ponta Porã, sendo que a execução será investigada pela 1ª DP (Delegacia de Polícia Civil).

Já no caso de Robustiano Pereira, conforme informações de familiares, um homem chegou ao local de motocicleta e chamou a vítima, que, ao sair de casa para atender o chamado, foi atingida por diversos tiros de pistola calibre 9 mm ainda no portão. Ainda com vida, homens da Polícia Nacional do Paraguai e familiares socorreram a vítima, que foi levada para o Hospital Regional de Capitán Bado, onde morreu quando era atendido. O policial chefe da 4º Comissaria de Capitan Bado, Hernan Mendonza, está ouvindo testemunhas e requisitou imagens de câmeras de segurança da região para tentar identificar o pistoleiro. Os familiares disseram que a vítima não tinha inimigos e não havia recebido ameaças de morte.