Pegue seu banquinho…Alir Terra vence Esacheu e será a primeira mulher a presidir a Stª Casa

Chegaram ao fim na noite de ontem (10) as pretensões do advogado Esacheu Nascimento de retornar à Presidência da Santa Casa de Campo Grande, mesmo depois de abandonar a instituição com uma dívida milionária que hoje já soma mais de R$ 540 milhões e ter renunciado por duas ocasiões por interesses políticos.

A advogada Alir Terra será a próxima presidente da Santa Casa, pois a chapa liderada por ela venceu a chapa encabeçada pelo ex-presidente Esacheu Nascimento, que tinha o empresário Sinval Araújo como vice. Na votação que escolheu a diretoria do hospital, a chapa “Por Amor à Santa Casa”, que integra o grupo de conselheiros que alçou Alir à diretoria do hospital, derrotou a chapa “Nova Santa Casa”, do grupo de Esacheu Nascimento, por 49 a 39.

Dos 92 conselheiros do hospital aptos a votar, 88 compareceram às eleições nesta quinta-feira (10).  A nova gestora, que terá mandato de dois anos, vai administrar um contrato com os poderes públicos municipal e estadual que destina R$ 32,1 milhões por mês para o hospital: um repasse de R$ 385,2 milhões por ano.

A eleição afeta não só os funcionários, mas também todos os pacientes que dependem da instituição. Alir Terra é aliada do atual presidente do hospital, Heitor Freire. Além dela, a administração do hospital terá a seguinte composição: Jary Castro (vice-presidente), Heitor Miguel Scheibeler (secretário), Ivan Araújo Brandão (secretário adjunto), João Nelsin Lyrio (financeiro) e Marcos Villalba (financeiro adjunto).

Apesar de movimentar um caixa que agora passará para quase R$ 400 milhões por ano só de repasses do contrato com a administração pública, a Santa Casa de Campo Grande está endividada. Ao todo, a dívida chega a cerca de R$ 540 milhões, mas os maiores valores se referem a empréstimos em bancos, impostos atrasados e fornecedores que não foram pagos.

Apenas com instituições financeiras, a dívida é de cerca de R$ 190 milhões, grande parte contratada durante a gestão de Esacheu Nascimento (2016 a 2020), quando passou de R$ 80 milhões para R$ 170 milhões. Já com relação aos fornecedores o salto foi maior, a dívida passou de R$ 18 milhões, em 2016, para R$ 56 milhões, em 2020, sendo que hoje o montante é de R$ 60 milhões.