O tráfico internacional de armas para o Brasil sofreu um duro golpe nesta terça-feira (26) com a prisão de Felipe Jorge da Silva Freitas, 44 anos, conhecido como o maior traficante de fuzis do País. Ele foi preso por policiais civis da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), do Rio de Janeiro, em Guaratiba (RJ).
Pastor evangélico, ele já tinha sido preso em 2010, em Corumbá (MS), em companhia de outro pastor, Sebastião Braz da Fonseca Neto, de 49 anos. Ambos transportavam sete fuzis Bushmaster modelo M-15, calibre 5,56 x 45 mm, fabricados nos Estados Unidos. Os fuzis teriam sido comprados na Bolívia e seriam entregues a traficantes de drogas do Morro do Martins, em Niterói (RJ). Pelo transporte, os dois receberiam R$ 20 mil.
Contra Felipe Jorge, havia mandado de prisão em aberto da Justiça Federal por tráfico internacional de armas de fogo. Sebastião, contra quem também tinha um mandado de prisão por tráfico internacional de armas de fogo, foi preso há um ano, também por policiais da Desarme.
A prisão foi possível devido à troca de informações de inteligência com outros órgãos de segurança e principalmente à parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), responsável pela prisão dos pastores e pela apreensão dos fuzis em 2010, em Mato Grosso do Sul. A ação contou com o apoio de policiais civis da Força Nacional cedidos à Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro.
Em 2010, ele e mais um pastor da Igreja Mundial foram presos com o carros recheado de armas…
CAMPO GRANDE – Dois homens que se identificaram como pastores de uma igreja evangélica foram presos na BR-262, entre Miranda e Corumbá levando sete fuzis desmontados escondidos na tapeçaria do carro. Em depoimento, o pastor responsável pelo carregamento disse que as armas vieram da Bolívia e seriam entregues no Morro do Martins, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Pelo transporte, o grupo receberia R$ 20 mil.
Os fuzis apreendidos são do modelo M15 e calibre 5.56, de fabricação norte-americana e utilizado pelas tropas dos Estados Unidos no Iraque. Um disparo desse tipo de arma é capaz de furar a uma distância de até um quilômetro um colete à prova de balas.