Outra bucha: Depois de ‘Capilo”, o próximo a ser extraditado para o Brasil é o traficantes Pavão

Após a extradição do narcotraficante brasileiro Carlos Antonio Caballero, 50 anos, mais conhecido como “Capilo”, para o Brasil realizado ontem (20/01), o próximo a ser entregue às autoridades brasileiras é o poderoso narcotraficante Jarvis Chimenes Pavão, que está cumprindo neste ano de 2017 no Paraguai o último ano de sua sentença de oitos anos.

Ao contrário de “Capilo”, que seria um dos líderes do PPC (Primeiro Comando da Capital) no Paraguai, Jarvis Pavão se opõe fortemente a ser trazido de volta para o Brasil, onde tem contra ele vários processos relacionados ao tráfico de cocaína. Na verdade, Jarvis Pavão e seus advogados tinham recentemente feito uma espécie de ameaça ao Governo do Paraguai caso tente extraditá-lo.

“Capilo”

Na manhã de ontem (20/01), O chefe autoproclamado do PCC no Paraguai, o narcotraficante brasileiro Carlos Antonio Caballero, mais conhecido como “Capilo”, foi extraditado para o Brasil depois de sete anos de prisão no país vizinho após ter sido preso junto com Jarvis Chimenes Pavão.

A extradição foi cumprida pelo Departamento de Polícia do Paraguai que o entregou oficialmente à Interpol representada por três policiais brasileiros que chegaram de São Paulo (SP) em um avião da Aerolineas Argentinas, que decolou do Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Luque, às 9h30.

Capilo foi retirado da sede da Polícia Especializada do Paraguai em meio a um forte esquema de segurança em razão de ele ser o líder declarado do PPC no Paraguai. O chefe da Interpol no Paraguai, Luis Arias, garantiu que foram cumpridas todas as formalidades previstas para este tipo de operação, tais como inspeção por um médico legista e a presença das autoridades competentes, incluindo o ministro internacional Manuel Assuntos Doldán.

Silêncio

De acordo com os agentes que fizeram o transporte do narcotraficante brasileiro, Capilo, em quase todo o trajeto, manteve-se em silêncio, mas mesmo assim chegou a mencionar que ele estava confiante de que não demoraria muito tempo preso no Brasil.

Em São Paulo, o traficante deve enfrentar um processo relacionado com a apreensão de 430 quilos de cocaína e um lote de armas, explosivos e munições. A carga, que era para chegar à cúpula do PCC em São Paulo, foi interceptada em setembro de 2007.

De acordo com a Justiça brasileira, a carga foi enviada pelo próprio Capilo de Pedro Juan Caballero, na fronteira seca com o Brasil. Além disso, o narcotraficante extraditado seria o responsável por enviar pistoleiros da fronteira para cometer assassinatos no Brasil a mando do PCC.