O deputado estadual e candidato a prefeito da Capital, Marquinhos Trad, (PSD), é surpreendente.
Nesse início de semana com a fala mansa e extremamente educado, se reuniu com empresários da Capital para debater suas propostas para Campo Grande.
No entanto, não respondeu a maioria das perguntas.
As que ele respondeu foram de forma evasiva e sempre retificando, “Vocês aguardem e vão ver”.
Após pressão de alguns integrantes da reunião a conversa mudou de rumo.
Em dois momentos dá para ouvir na gravação a voz do candidato se alterando.
A primeira quando é questionado quem estaria bancando sua campanha e de onde ele ele buscando os recursos para movimentar à sua máquina.
A resposta foi de extrema incredulidade. Ele apenas brincou com a inteligência dos presentes dizendo o seguinte: “Quem está subsidiando a minha campanha é Deus, não peguei dinheiro de nenhum empresário”.
O silêncio foi incomodador.
Outro ponto da reunião qua tirou o candidato do sério foi quando um dos ouvintes o questionou que o passado já passou, o que ele tem de concreto para o futuro.
Destemperado, Marquinhos Trad se limitou apenas em dizer, “aguarde quando eu for prefeito, verá”.
Não quis discutir propostas perante aos empresários, apenas desconversou as perguntas.
Ora candidato, vai explicar lá no TRE onde você tirou as doações dizendo que foi Deus.
Deixe ele fora disso! Ninguém aguenta mais essa história de incluir o Criador em tudo.
A verdade é saber como o senhor vai fazer para pagar os quase R$ 1 milhão de reais em despesas já contratadas até agora em seu staff de campanha.
No TRE, deputado estadual Marquinhos Trad recebeu R$ 570 mil em recursos, sendo R$ 250 mil de Antonio Celso Cortez, R$ 200 mil do diretório estadual, R$ 90 mil dele mesmo, R$ 20 de Almir Oshiro, R$ 10 mil de José Carlos Chinaglia e R$ 650 de Jonathas de Camargo. Também foi declarado que, até o momento, foram contratados R$ 805 mil em despesas e foram pagas R$ 190 mil.
Pelo que me lembre candidato, na última campanha o grosso da doação na reta final, veio do jornal Correio do Estado, ou seja, um aporte de R$ 1,2 milhão de reais que hoje ainda está sendo investigado pelo Ministério Público Estadual.
Pelo que eu saiba, de onde saiu essa grana não existe nenhum santinho.