Olho por olho! Planalto dá o troco em traição e vai tirar cargos dados barganhados pela Senadora

O Palácio do Planalto não demorou em dar o troco na senadora Soraya Thronicke (PSL/MS), que, um dia depois de acompanhar o presidente Jair Bolsonaro na inauguração de estação radar da FAB (Força Aérea Brasileira) em Corumbá (MS), ajudou a oposição a derrubar veto relativo ao congelamento de salário de servidores da Saúde e da Segurança Pública durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) ao votar contra a manutenção na sessão do Senado Federal.

A “nobre” parlamentar, que se elegeu na carona do presidente Jair Bolsonaro, já teria sido avisada que será punida com a perda de cargos comissionados indicados por ela à administração pública federal. Um desses cargos é o de diretor de Implementação de Programas e de Gestão de Fundos ocupado atualmente pelo advogado corumbaense Renato dos Santos Lima. A senadora também fez indicações para o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e Funai (Fundação Nacional do Índio).

Dos três senadores de Mato Grosso do Sul, somente Nelsinho Trad (PSD/MS) votou pela manutenção do veto, aproveitando que seu partido liberou a bancada. “Bolsonarista”, Soraya Thronicke acompanhou o senador Major Olímpio (PSL-SP), um dos mais ferrenhos adversários de Jair Bolsonaro, ignorando orientação do líder do Governo no Senado, senador Fernando Bezerra (MDB/PE), que fez defesa enfática pela manutenção do veto.

Com menos de dois anos de mandato, a senadora coleciona várias polêmicas, entre elas o fato de não admitir que tenha conquistado a vaga graças à onda Bolsonaro, que elegeu centenas de parlamentares em 2018. Na campanha, a senadora espalhou outdoor dizendo-se “a senadora de Bolsonaro”, fato renegado já na primeira coletiva de imprensa horas depois de ter sido eleita.

Soraya Thronicke também rompeu com o seu primeiro-suplente logo após a eleição, pedindo a inelegibilidade de Rodolfo Oliveira Nogueira (PSL) por ameaça. A estratégia abriria espaço para que o segundo suplente Danny Fabrício Cabral Gomes, então sócio da senadora no escritório Cabral Gomes & Thronicke Associados, passasse à condição de primeiro suplente.

Além disso, Thronicke repete atitudes da chamada “velha política”, como gastar recursos públicos da verba parlamentar sem regramento e ter assessores envolvidos na produção de fake news contra adversários políticos em Mato Grosso do Sul.

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