O candidato Juiz Odilon (PDT) conta com o apoio de um grupo muito suspeito. Entre seus aliados está o ex-governador André Puccinelli, preso na operação Lama Asfáltica; o ex-prefeito Gilmar Olarte, que também já foi preso e afastado do cargo; Luiz Pedro Guimarães e Raimundo Nonato, réus na Coffee Break; o ex-vereador Paulo Pedra, cassado por compra de votos, e o publicitário Júlio Cabral, dono da fábrica de mentiras contra Reinaldo Azambuja, que foi fechada pela Polícia Federal na semana passada.
Conheça os parceiros do Odilon:
1) Gilmar Olarte
Ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte já foi preso e afastado do cargo. Responde inúmeros crimes, inclusive de corrupção, ocultação de bens e lavagem de dinheiro.
Na operação Coffee Break, é apontado como partícipe de um conluio entre políticos e empresários que cassou o mandato do ex-prefeito Alcides Bernal, em 2014.
É suspeito também de dar o “golpe do cheque em branco”. Fazendo falsas promessas de cargos públicos e contratos na administração, ele pegava cheques em branco de fiéis e eleitores para trocar com agiotas.
A mulher de Olarte, Andreia, foi candidata a deputada estadual pelo MDB – partido de Michel Temer e André Puccinelli, aliados de Odilon.
2) André Puccinelli
Puccinelli está preso desde julho. Ele foi encarcerado pela Polícia Federal na operação Lama Asfáltica, que investiga crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O ex-governador também é alvo de ação civil pública, impetrada pelo Ministério Público Federal por não aplicar o percentual mínimo na saúde, ferindo a Constituição e deixando milhares de pessoas na espera por consultas, exames e cirurgias.
Puccinelli também é réu em ação de improbidade administrativa, suspeito de associação criminosa e corrupção passiva, acusado de compor organização que favorecia grupos empresariais, que ganhavam contratos superfaturados em troca de apoio para campanha política.
Ele responde ainda a uma ação civil por improbidade administrativa por consentir com a perpetuação de terceirização ilícita e aumentar de forma irregular o número de funcionários terceirizados.
O ex-governador ainda deve explicações à população sobre obras mal feitas como pontes que desabaram e o Aquário do Pantanal, orçado em R$ 84 milhões, mas que consumiu mais de R$ 230 milhões de dinheiro público. Polícia Federal, Controladoria Geral da União e Ministérios Públicos estadual e federal investigaram. A PF comprovou que houve má gestão e superfaturamento. O MP também encontrou indícios de superfaturamento e pediu a condenação de duas empresas e seis pessoas.
3) Paulo Pedra
O ex-vereador Paulo Pedra foi cassado por compra de votos em novembro de 2015. Ele está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Pedra já foi presidente municipal do partido de Odilon e secretário de Governo do ex-prefeito Alcides Bernal.
4) Dagoberto Nogueira
Dagoberto Nogueira Filho é o presidente do partido do Juiz Odilon e cotado a assumir uma das secretarias do magistrado, caso eleito.
Ele já foi diretor-presidente do Detran/MS, secretário de Estado de Produção e Turismo e secretário estadual de Segurança e Justiça. Nas passagens como secretário ou diretor precisou responder processos por desvio e mau uso de dinheiro público.
Dagoberto foi condenado por improbidade administrativa e sentenciado a ressarcir os cofres públicos pelo dano causado pelo uso de propaganda sobre a Lei Seca para promoção pessoal.
Ele também foi o articulador da lei para permitir a instalação de usinas de álcool e açúcar no Pantanal.
No cargo de secretário de Estado de Produção e Turismo, no governo Zeca do PT, Dagoberto foi árduo defensor do projeto e ganhou, na época, o apelido de Daganhoto (Dagoberto + vinhoto) por conta do resíduo da cana, que é um risco para a maior área úmida continental do mundo e para o Aquífero Guarani.
A alteração na legislação só não foi aprovada porque em um ato heróico, o ambientalista Francisco Anselmo Gomes de Barros, conhecido como Francelmo, ateou fogo ao próprio corpo em protesto, no centro de Campo Grande, no dia 12 de novembro de 2005.
Foi Dagoberto também quem disse que o presidenciável Jair Bolsonaro “não tem capacidade nem para ser prefeito de Jaraguari”.
5) Luiz Pedro Guimarães
Denunciado na Coffee Break por participação no esquema para cassar o então prefeito de Campo Grande Alcides Bernal, o advogado Luiz Pedro Guimarães está entre os grandes aliados de Odilon. Foi ele que entrou com Odilon Junior, filho do candidato a governador, no Centro de Triagem para fechar o acordo com o ex-governador André Puccinelli (MDB), no dia 8 de outubro.