Infelizmente para a população de Campo Grande, neste domingo (01/01) será realizada a eleição da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores da Capital e, para tristeza geral, o vereador reeleito com 4.134 votos e tendo gasto R$ 219.182,32, João Rocha, PSDB, será também reeleito à Presidência da Casa de Leis.
Enrolado até o pescoço na Operação Coffe Break e gestor durante um dos períodos mais negros da Câmara de Vereadores, que não teve produtividade, sem nível político e envolvida em escândalos que culminaram com a prisão do procurador jurídico André Scaff e o afastamento do ex-presidente Mario Cesar, PMDB, João Rocha não pretende largar o osso.
Enquanto a Câmara Municipal da Capital protagonizou cenas de “horror” político nos últimos anos, seus comandantes, desde Mário Cesar (PMDB), afastado da presidência, até o atual, João Rocha (PSDB), estavam capitaneando uma nave cheia de acusações e suspeitas de corrupção.
Apesar da renovação no legislativo ser de 60%, parece que o resultado das urnas não fez acordar o atual presidente. Alheio aos fatos citados e aos inúmeros escândalos protagonizados pela outrora pujante Casa de Leis, o nobre vereador vai permanecer no cargo de presidente para dar continuidade ao “excelente” trabalho à frente da Câmara, que, atualmente, tem 24 servidores para cada um dos 29 vereadores, conforme consta no portal de transparência.
Além disso, a Câmara da Capital não promove concurso público há 12 anos – pasmem, mas desde de 2004 não é realizado esse tipo de processo seletivo -, o MPE (Ministério Público Estadual) precisou intervir para que as contratações sejam revistas as tais contratações e a urgente realização de um concurso público.
Hoje, para espanto de todos os cidadãos campo-grandenses, dos 702 servidores da Casa de Leis, 657, ou seja, 93,5%, são comissionados e somente 45, apenas 6,41%, entraram na Câmara de Vereadores por meio de concurso público.
A falta de vergonha na cara do “nobre” vereador é gritante, pois, apesar de a gestão ter sido marcada pela total inoperância, ele ainda pensa que tem credencial para continuar à frente da Câmara. Agora, a esperança recai sobre os novos vereadores eleitos para que tentem mudar a imagem da Casa de Leis, que anda mais suja que fralda de bebê de meses de idade.
Como vai ficar a “nova” Mesa Diretora
As chapas poderão ser inscritas no início da sessão que elegerá a nova direção. Os votos serão abertos e não serão permitidas candidaturas independentes. Cada vereador, na sua vez, irá anunciar a chapa de sua preferência.
A reeleição do atual presidente, João Rocha (PSDB), já foi definida em consenso e ele ficará por mais dois anos à frente do Legislativo. O vereador Derly dos Reis de Oliveira, o Cazuza (PP), pode ficar com a vice-presidência e Carlos Borges (PSB), o Carlão, é cotado para permanecer na 1ª Secretaria.
Dos 29 vereadores que venceram as eleições para o mandato 2017-2020, 11 foram reeleitos. São eles: Gilmar da Cruz (PRB), Lívio Viana (PS DB), João Rocha (PSDB), Betinho (PRB), Carlão (PSB), Chiquinho Telles (PSD), Cazuza (PP), Paulo Siufi (PMDB), Otávio Trad (PTB), Ayrton Araújo (PT) e Eduardo Romero (Rede).
Eleitos em outubro foram: André Salineiro (PSDB), Odilon de Oliveira (PDT), Loester Nunes (PMDB), Lucas de Lima (SD), Papy (SD), Júnior Longo (PSDB), Ademir Santana (PDT), João César Mattogrosso (PSDB), Delegado Wellington (PSDB), Vinicius Siqueira (DEM), Antonio Cruz (PSDB), Valdir Gomes (PP), Veterinário Francisco (PSB), Pastor Jeremias Flores (PT do B), William Maksoud (PMN), Dharleng Campo (PP), Enfermeiro Fritz (PSD) e Enfermeira Cida Amaral (PTN).