Numa terra sem lei e sem dó, pistoleiros fazem a 45ª vítima na fronteira em 5 meses

A Polícia Militar de Ponta Porã registrou, na noite de ontem (31), mais uma execução na cidade. Trata-se da 45ª morte por pistolagem na região de fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul desde o início deste ano, sendo 8 mortes em janeiro, 10 em fevereiro, 12 em março, 8 em abril e 7 em maio.

No caso de ontem à noite, a vítima foi João Victor Flores, 25 anos, cuja execução aconteceu na Rua Tiradentes, em frente a uma lanchonete, nas proximidades da Escola Adê Marques.

Ele estava na calçada quando dois homens armados com fuzil e pistola calibre 9 mm atiraram várias vezes. João Flores morreu na hora, sendo que populares que estavam nas proximidades acionaram o Corpo de Bombeiros, mas ele já estava morto quando o socorro chegou.

Antes de assassinarem a vítima com tiros de fuzil e de pistola calibre 9 mm, os pistoleiros teriam feito ele deitar no chão, afirmando que eram da Polícia. A execução aconteceu por volta das 20 horas e, segundo a namorada de João Flores, o casal havia chegado até a conveniência em uma caminhonete Hilux para comprar bebidas.

Após efetuarem a compra e voltavam para a caminhonete, dois carros, um de cor branca e outro de cor chumbo, pararam ao lado deles. Quatro homens encapuzados armados com fuzis e pistolas mandaram que a jovem voltasse para dentro da conveniência e que o jovem deitasse no chão, anunciando que eram policiais.

Assim que a namorada da vítima entrou no estabelecimento, os pistoleiros fizeram os disparos, principalmente no rosto de João Flores, que morreu no local. Antes de fugirem, eles ainda levaram uma corrente e o celular da vítima para dar a impressão de roubo, mas a Polícia descarta essa hipótese e investiga a real motivação para a execução.