Na “Gestão do Vale Tudo” da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), os supersalários já são uma constante entre os integrantes do primeiro escalão da administração da alcaide, enquanto o restante dos servidores está sem reajuste há três anos.
Conforme o site O Jacaré, o presidente da Funesp (Fundação Municipal de Esportes), o ex-vereador Sandro Trindade Benites, recebeu R$ 55.964,38 em salários e gratificações pagos pela Prefeitura de Campo Grande e pelo Governo do Estado.
Desde o início do ano, a gestão de Adriane Lopes paga R$ 19.748,35 de bônus extra a Sandro Benites, apesar de ele ser cedido ao município com ônus a origem.
O escândalo do pagamento de supersalários marca a gestão da atual prefeita, que vem impondo um pacote de austeridade à sociedade e aos demais servidores para colocar as finanças da prefeitura em dia.
Evangélica, ela vem impondo o castigo aos funcionários com baixos salários, enquanto contempla a elite com reajustes de até 159% e ainda com pagamento de gratificações ocultas.
No mês de maio, Sandro Benites recebeu R$ 6.059,54 de subsídio como presidente da Funesp, de acordo com o Portal da Transparência do município. Houve desconto de Imposto de Renda e previdência, de R$ 757,59, e o valor líquido ficou em R$ 5.301,75.
Além disso, a prefeita pagou R$ 19.748,35 a título de outros pagamentos. Esse valor é pago sem desconto de IR ou INSS. Sandro Benites recebeu valor idêntico, uma espécie de salário nos meses de abril, março e fevereiro deste ano, de acordo com o Portal da Transparência. Em janeiro, como ele foi empossado dias após a posse de Adriane, o valor ficou em R$ 14.659,68.
Como médico concursado do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian, Sandro recebe R$ 30.156,49, segundo o Portal da Transparência do Governo do Estado. Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que ele é cedido ao município com ônus para a origem.
“A FUNSAU (Fundação Serviços de Saúde de Mato Grosso do Sul) esclarece que o servidor está cedido, conforme o Decreto “P” nº 791, de 28 de maio de 2025, ao município de Campo Grande, com ônus à origem, como prevê a legislação”, informou.
Ou seja, Sandro Trindade Benites não cumpre expediente no HR ou outra unidade de saúde, mas recebe o salário integral como médico. No total, com descontos, ele teve R$ 44.866,49 líquidos.
A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo, também é funcionária de carreira do HR. Ela foi cedida com ônus para o destino. Desde o início do ano, ela passou a ter salário apenas do município e também é uma das contempladas com “por fora” pela gestão de Adriane Lopes.