Sem conceder aumento salarial aos servidores municipais há anos sob a desculpa de corte de gastos, a gestão do vale tudo da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), decidiu reajustar o valor do contrato 396/2024 com a empresa Consórcio Pantanal Engenharia em mais de R$ 3 milhões.
O decreto, publicado no início do mês de março, objetivava atingir a meta de economizar R$ 140 milhões, foi prorrogado por mais três meses e deve ser encerrado no último dia do mês de setembro. A medida impediu reajuste salarial linear aos servidores municipais, além da exigência de renegociação de todos os contratos de empresas privadas com a administração pública.
No entanto, a Prefeitura reajustou o valor do contrato com a empresa Consórcio Pantanal Engenharia em 24,95%, chegando no limite do permitido, que é de 25%. O valor do contrato passa de R$ 12.461.793,98 para R$ 15.568.186,62, chegando a mais de R$ 3 milhões de acréscimo.
A empresa contratada é responsável pela elaboração de projetos de obras e execução dos serviços de engenharia, edificação e infraestrutura urbana, tendo como empresa líder a Objetiva Projetos e Serviços Ltda.
Quase uma semana depois de ter publicado decreto determinando a redução de 25% em gastos como água, luz e combustíveis e determinar a revisão de todos os contratos com prestadores de serviço, a prefeitura reajustou seis contratos com empresas que fazem a manutenção da iluminação pública, o que garantiu a elas um faturamento extra de R$ 5,44 milhões.
Depois disso, em 19 de março, outros três contratos do mesmo setor foram reajustados com índices semelhantes, elevando em mais R$1,7 milhão os gastos anuais. Mais pra frente, no dia 11 de junho, o décimo contrato do mesmo setor sofreu reajuste nas mesmas proporções, elevando em mais R$634 mil os gastos anuais com uma das empresas.
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