Mais uma acadêmica dos cursos de Medicina do Paraguai localizados na fronteira no Brasil sofreu morte violenta. Dessa vez a vítima é Erika de Lima Corte, 29 anos, estudante de Medicina de Pedro Juan Caballero, que foi executada de forma brutal a golpes de facada.
A vítima foi encontrada morta no dormitório de sua residência situada na Rua 15 de Agosto esquina com a Rua José de Jesus Martinez, no Bairro Bernardino Caballero, na madrugada desta segunda feira (20), por uma colega que alertou os agentes da Divisão de Homicídios e da Polícia Técnica do Paraguai. Com o apoio do promotor de Justiça Gabriel Segovia e do médico legista Cesar Gonzalez, os policiais realizaram os procedimentos de rigor e encaminharam o corpo ao IML da cidade à espera dos familiares.
Segundo investigadores da Polícia Técnica, a vítima foi esfaqueada duas vezes na altura do peito e uma na altura do pescoço, apresentando aproximadamente 16 pequenas perfurações que indicam que ela poderia ter sido torturada pelo autor. A Polícia não descarta que a estudante tenha sofrido abuso sexual, sendo que o aparelho celular da vítima foi levado pelo autor.
Os investigadores não descartam ainda que o crime tenha sido passional e até o momento o namorado da vítima é o principal suspeito do brutal assassinato catalogado pelos investigadores da Divisão de Homicídios como um dos mais violentos casos de feminicidío ocorrido na região de fronteira. Em dezembro do ano passado, foi encontrado o corpo da também estudante de Medicina, Kelly Cristina Gonçalves Cardoso, de 30 anos, na casa onde alugava, situada no Bairro Guarani, em Pedro Juan Caballero.
No primeiro momento, acreditou-se que a jovem teria cometido suicídio por enforcamento. A vítima estava no 5º ano de Medicina na Universidad Sudamericana, na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com Ponta Porã (MS). Ao examinar o corpo da jovem, o médico forense Marcos Prieto alegou que Kelly não se suicidou e sim, teria sido vítima de homicídio, já que em seu corpo havia escoriações e algumas marcas de estrangulamento.
Na noite anterior ao crime, a vítima teria discutido com seu namorado Alexandre Aguero Aquino e que, inclusive, no mês de outubro do ano passado, a vítima teria denunciado seu namorado por violência, além do mais, o rapaz foi a última pessoa a ver Kelly com vida.