MS registra 12,6 mil ocorrências de violência doméstica em 7 meses, um caso a cada meia hora

Dados disponibilizados pela Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) revelam que nos primeiros sete meses deste ano já foram registradas 11.244 ocorrências de violência doméstica em Mato Grosso do Sul, o que representa um caso a cada 30 minutos.

 

Ainda conforme informações, ao todo foram 12.662 vítimas, sendo a maioria formada por adultos (6.824), seguido por jovens (4.225), adolescentes (614), idosos (777), crianças (163) e não informados (59).

 

Em Campo Grande, foram 3.948 vítimas até o momento, enquanto no interior são 8.364. Em 2022, durante todo o ano, foram 19.862 ocorrências, sendo 6.915 em Campo Grande.

 

Em relação ao número de feminicídio, até o momento de 2023, são 16 casos registrados nos meses de janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho e julho, este último atingiu um pico com 6 casos. Assim, é possível perceber que ao menos uma mulher morre de feminicídio por mês em Mato Grosso do Sul.

 

Cinco casos foram registrados em Campo Grande e 11 no interior, principalmente na faixa da fronteira. Em 2022 os números são ainda mais preocupantes porque foram 42 casos ao longo do ano, com maior registro em janeiro com 7 casos. Desse total, 12 feminicídios foram em Campo Grande e 30 no interior.

 

Além dos altos índices de vítimas em 2023, Mato Grosso do Sul já contabiliza mais de 2 mil agressores de mulheres condenados pelo Tribunal de Justiça do Estado. As ocorrências desse tipo de crime lideram o número de chamadas atendidas pela Polícia Militar.

 

De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, Mato Grosso do Sul apresentou, em 2022, a segunda maior taxa de feminicídio do país, com 2,9 casos para cada 100 mil mulheres, sendo que a média nacional foi de 1,4 por 100 mil.

 

O número do estado só ficou abaixo, em 2022, do de Rondônia (3,1), Acre (2,6), ocupa o terceiro lugar no ranking nacional. Entre os menos inseguros nesse aspecto estão Ceará (0,6), São Paulo (0,9) e Rio Grande do Norte (0,9).

 

No ano anterior, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso tiveram a mesma taxa, de 2,4 – esse resultado foi inferior apenas ao do Acre e Tocantins, ambos com índice de 2,9.